O ministro da Defesa do Brasil, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta-feira (15) que serão reforçadas as medidas de segurança para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, após o ataque da última quinta (14) em Nice, no sul da França.
Segundo ele, as revistas ficarão mais rígidas e as barreiras serão aumentadas para evitar possíveis atentados durante os Jogos. “O ataque em Nice nos preocupa. Vamos revisar as medidas de segurança. Isso pode criar alguns inconvenientes, mas é um mal necessário”, disse Jungmann.
O ministro da Defesa também garantiu que está em contato com todas as agências de inteligência do mundo. Nos últimos dias, um relatório da audiência de um dirigente da inteligência francesa no Parlamento revelou que um membro brasileiro do grupo jihadista EI (Estado Islâmico) estava “prestes a cometer atentados” contra a delegação do país europeu nos Jogos.
No entanto, o documento não dá informações sobre a identidade do possível jihadista, que estaria fora do Brasil. Inclusive, já poderia até estar detido.
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O general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Segundo o militar, a preocupação com o evento esportivo “subiu de patamar”.
O general mencionou como novas medidas “mais postos de controle, mais barreiras, algumas restrições de trânsito”. Ele afirmou que “é importante que a imprensa nos ajude para que a população entenda que vamos trocar um pouquinho de conforto por muita segurança”.
Etchegoyen disse que o Brasil ainda não foi informado pela França se o atentado em Nice tem ligações com terrorismo islâmico, porém foi visto como um ponto de reflexão para segurança para os Jogos. Ele informou que o presidente interino Michel Temer telefonou cedo nesta sexta-feira (15) para marcar uma reunião entre ele, o general e os ministros Raul Jungmann (Defesa) e Alexandre de Moraes (Justiça).
“Já estamos, desde então, os três órgãos e os três ministros [das áreas de Defesa, Justiça e Inteligência] fazendo a revisão de todo o nosso dispositivo de segurança para que possamos identificar eventuais lacunas e fazer uma integração mais intensa dos três itens”, disse o general.