Porto Alegre já registrou 300 casos autóctones de dengue em 2016

Faltando o resultado laboratorial de 15 notificações de suspeita de dengue, a Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde contabiliza os números de casos de dengue, zika e chikungunya em Porto Alegre em 2016: 353 casos de dengue (300 autóctones e 53 importados); 22 de zika (11 autóctones – todos no bairro Farrapos – e 11 importados); e 29 de chikungunya (1 autóctone e 28 importados).

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No total, foram notificados neste ano 1.621 suspeitas por dengue, das quais 1.253 foram descartadas, 353 confirmados e 15 continuam em investigação. As notificações de suspeita de infecção por zika somam 128 e de chikungunya 54.
Autóctones
Os 300 casos autóctones de dengue são de pessoas residentes em 43 bairros de Porto Alegre, com maior incidência na Vila Nova (76), Chácara das Pedras (61), Vila Jardim (21) e Vila João Pessoa (18). Os demais bairros tiveram entre 01 e 11 casos: Restinga (11), Rubem Berta (10), Bom Jesus (8), Lomba do Pinheiro (8), Aberta dos Morros (7), Camaquã (6), Cel. Aparício Borges (6), Sarandi (6), Jardim do Salso (5), Santana (4), São José (4), Floresta (3), Glória (3), Mario Quintana (3), Partenon (3), Petrópolis (3), Protásio Alves (3), Santo Antônio (3), Auxiliadora (2), Azenha (2), Cristal (2), Farrapos (2), Passo das Pedras (2), Santa Teresa (2), Vila Ipiranga (2), Cascata (1), Cavalhada (1), Cristo Redentor (1), Espírito Santo (1), Jardim Carvalho (1), Jardim Itú-Sabará (1), Jardim Lindóia (1), Mont’ Serrat (1), Passo D’Areia (1), São João (1), Serraria (1), Teresópolis (1), Três Figueiras (1), Tristeza (1). Do total, 150, ou 50% dos pacientes, são do sexo feminino e 150, outros 50%, do sexo masculino.  Em relação à zika, os 11 casos são de residentes do bairro Farrapos. E a paciente com chikungunya reside no bairro Itú-Sabará.
Casos importados
Os locais prováveis de infecção dos casos importados de dengue, chikungunya e zika são os seguintes: dengue, 53 casos – Rio de Janeiro (13), Minas Gerais (7), Rio Grande do Sul (5), Mato Grosso do Sul (5), São Paulo (5), Paraná (4), Santa Catarina (3), Bahia (2), Espírito Santo (1), Goiás (1), Mato Grosso (1), Rondônia (1) e Paraguai (2),Colômbia (1), México (1), Costa Rica (1). Zika – 11 casos – Rio de Janeiro (7), Mato Grosso do Sul (2), Rio Grande do Sul (1), Alagoas (1). Chikungunya – Pernambuco (9), Rio de Janeiro (8), Alagoas (4), Ceará (2), Amazonas (1), Bahia (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1) e Distrito Federal (1).
A partir desta semana, em função da diminuição dos números de notificações, a SMS passará a fazer atualizações mensais dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Ovos x Infestação
A predominância de dias com temperaturas mais baixas no outono e inverno tem contribuído para a diminuição drástica da população de mosquitos Aedes aegypti adultos na cidade. No entanto, técnicos da Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores da Secretaria enfatizam a importância de nesta época serem revisados todos os possíveis criadouros, pois os ovos do inseto podem permanecer até 500 dias em ambientes secos, eclodindo quando em contato com a água. Vistoriar e limpar pátios, proteger ralos, verificar calhas, esvaziar e virar piscinas infantis, limpar e escovar recipientes que possam servir para a postura dos ovos são medidas essenciais para que a partir da primavera a infestação do mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya seja menor.
Viagens e férias
Com a proximidade das férias escolares e período de viagens no país e para outros países, além da realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro no próximo mês também são enfatizadas as medidas individuais de proteção. Viajando para locais com transmissão viral, seja de dengue, chikungunya ou zika, é importante uso de repelentes corporais e elétricos, para colocação em tomadas – ainda que o Aedes aegypti tenha mais atividade durante o dia, caso o inseto esteja no interior de casas ou recintos fechados com luz acesa cuidados também devem ser adotados.
Sobre o uso de repelente, a recomendação em crianças segue orientação da Organização Mundial de Saúde. Os produtos citados a seguir são permitidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Todas as embalagens de repelentes devem trazer expresso o princípio ativo do produto.
Menores de 6 meses
Os repelentes devem ser evitados em bebês menores de 6 meses. Para protegê-los, recomenda-se que sejam usados macacões compridos ou calças; entre 6 meses e 2 anos: Princípio ativo IR 3535; maiores de 2 anos: Princípio ativo Deet, que pode ser usado no máximo em três aplicações diárias; dos 2 aos 12 anos: é possível usar compostos com a substância icaridina; e acima de 12 anos: repelentes que contêm dietiltoluamida (somente para maiores de 12 anos).
Especificamente em relação à prevenção à transmissão do zika vírus também é importante lembrar as orientações preventivas que vêm sendo preconizadas em âmbito internacional e nacional, incluindo a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde brasileiro, entre elas a necessidade de homens e mulheres com suspeita de zika vírus receberem informações sobre o risco de transmissão sexual e a oferta de preservativos. Nos casos confirmados da doença, o uso do preservativo é recomendado por seis meses. Além disso, todas as pessoas que estiveram (ou se dirigirem a) em área de grande circulação viral da doença usem preservativos por até oito semanas após o retorno a Porto Alegre, mesmo não apresentando sintomas. No retorno a Porto Alegre com sintomas das doenças, atendimento médico deve ser procurado e referida viagem a local com transmissão viral.