CULTURA

Sala Redenção exibe filme pioneiro sobre amor livre no Brasil

Obra dirigida por Teresa Trautman em 1973 abre debate sobre liberdade sexual e não-monogamia

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação

Porto Alegre e Rio Grande do Sul - Na edição de abril da mostra “À Flor da Pele”, Sala Redenção exibe o longa-metragem brasileiro “Os homens que eu tive” (1973). A programação, realizada em parceria com o Cineclube Vestígio, tem como proposta a apresentação de filmes que retratam diferentes tipos de prazer e formas de exercer a sexualidade.

As sessões são mensais, seguidas de debate. A exibição deste mês ocorre na próxima terça-feira, dia 29 de abril, às 19h.

“Os homens que eu tive” foi o primeiro longa dirigido por uma mulher, Teresa Trautman, no cinema moderno brasileiro. À época, ela tinha apenas 22 anos de idade. Censurada pela ditadura militar por sua abordagem feminista, a produção reinventa o olhar para a liberdade sexual feminina e o amor livre.

O filme conta a história de Pity, casada com Dode e economicamente bem resolvida. Ela divide o seu dia com o lazer nas praias cariocas e o trabalho de assistente de montagem de um filme. Embora esteja apaixonada pelo marido, ela busca ampliar as possibilidades do relacionamento através do exercício do amor livre. 

A partir da exibição de “Os homens que eu tive”, o Cineclube Vestígio propõe a reflexão e discussão com o público sobre tópicos atuais como a não-monogamia, os limites e os desafios das relações contemporâneas.

entrada é franca e aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção está localizada no campus centro da UFRGS, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333. Mais informações no site – ufrgs.br/difusaocultural e no Instagram – @salaredencao

Sinopse

Os homens que eu tive

(dir. Tereza Trautman | Brasil | 1973 | 85 min | Drama/Romance | 18 anos)

Pitty e Dode estão juntos há quatro anos e mantêm um relacionamento aberto em que relações extraconjugais são plenamente aceitas com consentimento mútuo. Ainda assim insatisfeita, Pitty afasta-se de Dode para trilhar seu próprio caminho.
29 de abril | terça-feira 19h + conversa com integrantes do Cineclube Vestígio