14ª EDIÇÃO

Bienal do Mercosul começa hoje, com 76 artistas e programação em 18 espaços

Evento terá programação até junho em equipamentos culturais da área central e em bairros da periferia de Porto Alegre.

Créditos: Bienal do Mercosul / Divulgação
Créditos: Bienal do Mercosul / Divulgação

A 14ª Bienal do Mercosul começou nesta quinta-feira (27) em Porto Alegre. A edição de 2025 conta com 76 artistas e ocupará 18 espaços culturais da capital gaúcha, incluindo instituições tradicionais e locais da periferia. A programação segue até junho.

Com o tema “Estalo”, a mostra propõe reflexões sobre transformações nos corpos, nas realidades e nas formas de percepção. A equipe curatorial é composta por Raphael Fonseca (curador-chefe), Tiago Sant’Ana e Yina Jimenez Suriel (adjuntos) e Fernanda Medeiros (assistente). Grande parte das obras é inédita e foi comissionada para a edição.

A Bienal vai trazer de volta o acesso a locais antes fechados, como a Usina do Gasômetro, que estava há 9 anos em reformas; e o Farol Santander, que fechou devido às enchentes de maio de 2024. Mas a arte também ocupará locais inéditos no circuito do evento, como o Museu do Hip Hop, o Pop Center e as unidades do Estação Cidadania na Restinga e Lomba do Pinheiro.

Entre os artistas confirmados estão Ad Minoliti (Argentina), Ali Eyal (Iraque), Jacolby Satterwhite (EUA), Farah Al Qasimi (Emirados Árabes Unidos), além dos brasileiros Iberê Camargo e Rodrigo Bueno. O evento destaca obras de América Latina, Caribe e Ásia, com enfoque em questões sociais e urbanas.

Bienal oferece ações educativas e atividades gratuitas

A programação inclui oficinas, rodas de conversa, visitas guiadas, seminários e ações voltadas à formação de professores. Todo o conteúdo é gratuito e voltado ao público em geral e a educadores. A curadoria educativa está a cargo de Andréa Hygino e Michele Zgiet.

Duas publicações acompanharão a Bienal: uma com textos críticos e ensaios, lançada ainda durante a exposição; e outra ao final, em formato de catálogo. Todo o material será gratuito e com distribuição digital.

Investimento cultural e reconstrução simbólica

Viabilizada por Leis de Incentivo à Cultura, a Bienal conta com patrocínio master do Santander e Banrisul, além do apoio da Renner e Blue Ville. O evento integra o programa Reconstruir RS, voltado à retomada da cultura no Estado após as enchentes de 2024.

A exposição deveria ocorrer entre setembro e novembro de 2024. No entanto, acabou adiada – como tantos outros eventos – devido aos estragos causados pela cheia em instalações públicas.

De acordo com Carmen Ferrão, presidente da Fundação Bienal do Mercosul, a mostra atua como espaço de reconstrução simbólica e social. “Acreditamos no poder transformador da arte, especialmente em momentos difíceis”, afirmou.

Espaços que recebem a Bienal do Mercosul

Cinemateca Capitólio, CCMQ (Casa de Cultura Mario Quintana), Espaço Força e Luz, Estação Cidadania (Restinga e Lomba do Pinheiro), Farol Santander, Fundação Ecarta, Fundação Iberê Camargo, Fundação Vera Chaves Barcellos, Goethe-Institut, Instituto Ling, MARGS, MAC-RS, Museu do Hip Hop, Museu do Trabalho, Pop Center, Usina do Gasômetro e Vila Flores.