O encontro entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, para tentar um acordo para pôr fim à Guerra entre Rússia e Ucrânia, terminou de forma abrupta nesta sexta-feira (28), na Casa Branca, em Washington. O presidente dos Estados Unidos criticou publicamente o líder ucraniano e afirmou que Kyiv “precisa ser mais grata” pelo apoio recebido durante a guerra contra a Rússia.
A reunião visava discutir um acordo para que os Estados pudessem explorar terras raras na Ucrânia, em contrapartida à ajuda militar enviada a Kyiv nos últimos anos. No entanto, as conversas foram marcadas por momentos de tensão.
“Ou você faz um acordo ou estaremos fora!”, afirmou Trump, elevando o tom diante das câmeras. A declaração ocorreu após o republicano acusar Zelensky de “brincar com a Terceira Guerra Mundial” e não apresentar uma solução para um possível cessar-fogo com Moscou.
O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, também fez críticas ao líder ucraniano, afirmando que ele teria favorecido os democratas nas eleições de 2024. Zelensky rebateu as acusações e ressaltou que seu governo tem reiterado a gratidão ao povo americano pelo apoio prestado.
Diante do impasse, Trump encerrou a reunião sem assinar o acordo, deixando a continuidade das negociações incerta. O magnata publicou em uma rede social que “Zelensky não está pronto para a paz se os EUA não estiverem envolvidos”.
Repercussão internacional
O fracasso do encontro repercutiu na comunidade internacional. O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, demonstraram apoio à Ucrânia.
“Existe um agressor russo. Devemos respeitar quem o combate desde o início”, declarou Macron. Já Sánchez afirmou que “a Espanha está com você, Kiev”.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, atual presidente rotativo do Conselho da União Europeia, também expressou solidariedade. “Vocês não estão sós”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter).
Por outro lado, Elon Musk, bilionário e chefe do Departamento de Eficiência do governo Trump, reforçou a posição americana ao afirmar que “Zelensky se destruiu sozinho diante dos olhos dos americanos”.