Rio Grande do Sul - A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou 2024 com alta acumulada de 4,83%. O valor ficou levemente acima dos 4,62% registrados em 2023. A divulgação dos dados ocorreu na manhã desta sexta-feira (10).
O índice teve origem, principalmente, nos grupos Alimentação e Bebidas (7,69%), Saúde e Cuidados Pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%). Esses três grupos foram responsáveis por 65% do resultado anual, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No mês de dezembro, o IPCA registrou variação de 0,52%, com destaque para o grupo Alimentação e Bebidas, que apresentou alta de 1,18%, puxada pelo aumento nos preços das carnes (5,26%) e do óleo de soja (5,12%). Por outro lado, itens como limão (-29,82%) e batata-inglesa (-18,69%) registraram quedas significativas.
Porto Alegre tem a menor inflação do país
Entre as capitais pesquisadas, Porto Alegre apresentou o menor índice acumulado em 2024, com 3,57%, bem abaixo da média nacional. Em dezembro, a inflação na capital gaúcha foi de 0,50%, com destaque para o aumento nos preços de combustíveis e carnes, conforme o IBGE.
A retração ocorreu por quedas nos preços de itens como cebola (-42,47%), tomate (-38,58%) e passagens aéreas (-16,94%). As quedas têm explicação nos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, que elevaram o preço dos alimentos. O fechamento do Aeroporto Salgado Filho também resultou no aumento das passagens aéreas.
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A maior inflação anual foi registrada em São Luís, de acordo com o levantamento divulgado hoje. A alta chegou a 6,51%, impulsionada pelos preços da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%).
Destaques regionais e nacionais
Além do aumento no grupo Alimentação, outros destaques do IPCA em 2024 foram:
- Transportes: Alta de 3,30%, com a gasolina acumulando aumento de 9,71% no ano.
- Saúde e Cuidados Pessoais: Subida de 6,09%, com reajustes nos planos de saúde (7,87%) e medicamentos (5,95%).
- Habitação: Crescimento de 3,06%, com elevações em aluguéis (3,45%) e condomínio (6,25%).
A diretoria de pesquisas do IBGE ressaltou que o controle da inflação em 2024 reflete o equilíbrio entre altas pontuais em setores estratégicos e quedas expressivas em outros produtos, especialmente alimentos e energia.
