A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (9), uma operação para investigar a origem de um vídeo usado na campanha eleitoral de Santa Maria, na região Central do RS. Durante a ação, chamada de Doação de Constantino, policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão. O alvo é um homem que estaria envolvido com os fatos.
Os agentes apuram quem produziu e divulgou um vídeo com informações classificadas como “inverídicas” e “caluniosas” durante a campanha para prefeito de Santa Maria. A ordem judicial foi deferida pelo Juízo Eleitoral de Garantias competente no âmbito do município.
A PF não cita o material do vídeo mas, conforme o Diário de Santa Maria, trata-se de um conteúdo compartilhado em redes sociais. As imagens, classificadas como manipulações, insinuavam que o candidato Valdeci Oliveira (PT) tinha recebido benefício de doações oriundas da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. A pasta, criada em maio e que tinha status de ministério, tinha comando do ministro Paulo Pimenta (PT).
Para gravar o vídeo com os donativos, um indivíduo teria fingido ser funcionário público. Os itens, cestas básicas, fraldas e roupas, estavam em caminhões dos Correios.
Mais no Agora RS
ABUSO DE PODER
Prefeito e vice de Rio Pardo têm diplomas cassados pela Justiça Eleitoral um dia após posse
Rogério Monteiro e Alceu Seehaber foram declarados inelegíveis até 2032 por suposta conduta abusiva durante as eleições de 2024.
EVENTO REMARCADO
Temporal cancela ato cerimonial de posse de Sebastião Melo, da vice e secretários
Chuva forte causou alagamentos na avenida João Goulart e na rua dos Andradas, no Centro Histórico; Usina do Gasômetro ficou sem luz.
A PF, no entanto, não confirma quem é o alvo e nem informa as apreensões. Afirma apenas que as buscas desta manhã visam identificar quem teria produzido e divulgado tal vídeo, além de identificar possíveis outros envolvidos.
Crimes investigados
A investigação policial apura, além da prática de informação falsa eleitoral, os crimes de calúnia eleitoral (atribuir crime a alguém no âmbito eleitoral) e usurpação de função pública (se passar por funcionário público). As penas, se somadas, chegam a 5 anos de prisão.
O nome da operação, “Doação de Constantino“, faz referência ao evento histórico ligado a um documento medieval falsificado, supostamente redigido pelo Imperador Romano Constantino I, doando terras ao Papa Silvestre I no século IV. Portanto, o paralelo reforça o combate às falsificações e manipulações de informação no contexto eleitoral.
