Inverno gaúcho será muito frio e seco neste ano, aponta Fepagro

O inverno, que inicia nesta segunda-feira (20) e se estende até o dia 22 de setembro, terá temperaturas abaixo e, no máximo, dentro do normal da estação

O inverno, que iniciou nesta segunda-feira (20) e se estende até o dia 22 de setembro, terá temperaturas abaixo e, no máximo, dentro do normal da estação, conforme a Fepagro (Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária).
A informação é baseada nos dados do boletim climático elaborado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em parceria com a UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e o CemetRS (Centro Estadual de Meteorologia) da Fepagro.

Curta a nossa nova página no Facebook
Siga no Twitter e receba todas as nossas atualizações

Conforme os órgãos, as chuvas de julho devem ficar na média climática na maioria das regiões do Rio Grande do Sul e um pouco acima do habitual no Leste do Estado. Em agosto, devem ser reduzidas principalmente no Norte.
O fenômeno El Niño ainda está atuando no estado, mas já perde força, e a previsão é de que o La Niña – que é o esfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial – apareça na primavera. Em julho, as temperaturas mínimas variam, na média, entre 7ºC e 10ºC, enquanto as máximas devem ficar entre 16ºC e 20ºC. Já em agosto, as mínimas ficam entre 7,5ºC e 11ºC, e as máximas entre 17ºC e 23ºC.

Recomendações aos produtores

“Será um agosto seco e com temperaturas baixas. E essa condição é benéfica para a cultura do trigo, pois não é favorável ao aparecimento de doenças fúngicas e para a ocorrência de pragas”, esclarece a agrometeorologista da Fepagro, Bernadete Radin.
A pesquisadora conta que a fruticultura também será beneficiada pelo clima, porque precisa de horas de frio para ter uma boa brotação e, consequentemente, uma boa produção. “As macieiras, videiras, pessegueiros e ameixeiras tendem a ser beneficiadas”, explica.
Bernadete recomenda aos produtores que não deixem o solo descoberto, que usem uma cobertura verde para protegê-lo; que evitem o excesso de irrigação nos pomares; e cuidem a abertura e o fechamento dos cultivos protegidos (com estufas) – que abram de manhã cedo para evitar a umidade e, em dias mais frios, fechem duas horas antes do pôr do sol para reter o calor.