INDICADORES ECONÔMICOS

Previsão de crescimento do PIB sobe para 3,49% em 2024

Projeções do Boletim Focus destacam alta no PIB, inflação acima da meta e ciclo de aumento da Selic.

Edifício-sede do Banco Central do Brasil. Crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil
Edifício-sede do Banco Central do Brasil. Crédito: Marcello Casal JrAgência Brasil

O mercado financeiro aumentou a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024. A estimativa passou de 3,42% para 3,49%, conforme o Boletim Focus desta segunda-feira (23).

A revisão reflete o desempenho acima do esperado no terceiro trimestre, quando a economia brasileira cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado de janeiro a setembro, o crescimento atingiu 3,3%.

O Banco Central também revisou suas estimativas, ajustando a previsão de crescimento do PIB de 3,2% para 3,5%, citando os resultados positivos do trimestre como fator de surpresa.

Inflação acima da meta

A previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, subiu de 4,89% para 4,91%. O índice ultrapassa o teto da meta de 4,5%, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para 2025, a projeção de inflação aumentou de 4,6% para 4,84%, enquanto para 2026 e 2027 as estimativas são de 4% e 3,8%, respectivamente.

Em novembro, a inflação acumulada em 12 meses foi de 4,87%, puxada principalmente pelo aumento nos preços de alimentos.

Aumento da taxa Selic

A Selic (taxa básica de juros) está atualmente em 12,25% ao ano, após três aumentos consecutivos. O Banco Central indicou que poderá elevar a taxa em mais um ponto percentual nas reuniões de janeiro e março, caso os cenários econômicos globais e internos se confirmem.

A Selic é utilizada como instrumento de controle da inflação, freando o consumo ao encarecer o crédito e estimular a poupança. No entanto, o mercado projeta que a taxa alcance 14,75% até o fim de 2025, com quedas esperadas para 11,75% em 2026 e 10% em 2027.