A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (28), uma nova operação para coibir crimes contra o Detran (Departamento Estadual de Trânsito do RS). Houve a apreensão de armas de fogo, munições, cerca de R$ 86 mil em dinheiro, documentos e computadores.
Ao todo, agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Canoas, coordenada pelo delegado Rodrigo Caldas, cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Canoas, Sapucaia do Sul e Alvorada. Os delitos investigados são de corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.
Ao menos 13 pessoas estão sob investigação. Há suspeita da emissão de documentos de transferência de automóveis de forma irregular e mediante o pagamento de propinas e subornos, conforme a polícia.
Os alvos da Operação Carta Branca são despachantes e uma ex-funcionária de um CRVA (Centro de Registro de Veículos Automotores) em Canoas. A ex-funcionária teria emitido cerca de 2,9 mil documentos irregulares nos últimos três meses que trabalhou no local.
Ela receberia os valores das transferências de veículos, que deveriam entrar na conta do Detran. A polícia acredita que a ex-funcionária tenha obtido R$ 180 mil de forma irregular.
Conforme a polícia, a investigada conseguia usar brechas no sistema do departamento de trânsito para a realizar as emissões irregulares. Desta forma, se tornava possível “legalizar” veículos clonados. Ou seja, automóveis roubados ou furtados e que tiveram as placas adulterados.
A Polícia Civil segue a investigação das irregularidades, descobertas em novembro de 2023. Há suspeita que o grupo de despachantes atue em outros CRVAs da região metropolitana.
O DetranRS não se manifestou a respeito da operação. Recentemente, outro esquema de irregularidades acabou descoberto: o da venda de CRLV Digital.