A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (8), uma investigação para identificar os responsáveis pela escalada do conflito indígena na região Norte do Rio Grande do Sul. Os alvos são suspeitos de fornecer de armamento e munições.
Houve cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Sananduva (1), Cacique Doble (2) e São José do Ouro (2). Ao todo, 20 policiais federais cumpriram as ordens judiciais expedidas pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo.
Conforme a Polícia Federal, a ação de hoje é um desdobramento da Operação Ménés. Desde 2022, a corporação investiga o conflito ocorrido na Terra Indígena de Cacique Doble, decorrente da disputa de poder por grupos rivais.
Lucro com o conflito indígena
Desde aquele ano, os grupos buscam a conquista da liderança da Terra Indígena de forma violenta. O local teve duas grandes operações policiais no ano 2023, em razão dos diversos crimes praticados, inclusive dolosos contra à vida.
O conflito já resultou em dois homicídios, inúmeras tentativas de homicídio, incêndios criminosos, dentre outros crimes graves, de acordo com a PF.
Com o avanço das investigações na Operação Ménés, houve a identificação de indivíduos que seriam os responsáveis por abastecer o conflito com armas de fogo e munições. A PF aponta que os dois grupos indígenas compravam os artefatos bélicos de terceiros, não indígenas, que lucravam com os conflitos.
Armamentos apreendidos
- Três espingardas;
- Duas espingardas de pressão;
- Uma pistola de pressão;
- 120 munições, aproximadamente, de calibres diversos