Representantes das escolas municipais de Porto Alegre receberam 1.000 bolas, na manhã desta terça-feira (14), em cerimônia realizada no Foro Central. O material havia sido apreendido em operações de fiscalização da Polícia Federal, durante a Copa do Mundo, e vai beneficiar os mais de 48 mil alunos da rede.
A secretária municipal de Educação, Cleci Maria Jurach, agradeceu à iniciativa e à parceria. “A ação de oportunizar que estas bolas sirvam como um material de apoio pedagógico para as escolas vem ao encontro do nosso desejo. As escolas municipais são periféricas e atendem comunidades muito carentes. Os professores irão realizar um excelente trabalho, em atividades lúdicas; divulgarão de onde veio o material e por que ele chegou até as escolas”, destacou. “É muito bom que o Judiciário tenha esse olhar, fazendo as ações acontecerem. Ficaremos no aguardo de outras operações que contemplem a nossa rede de ensino e as instituições conveniadas”, completou.
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Segundo o juiz e diretor do Foro Central da Capital, Amadeo Henrique Ramella Butelli, as bolas, ao invés de serem destruídas, foram descaracterizadas para receberem uma destinação social. “São produtos que não oferecem risco à saúde e ajudam na recreação e no desenvolvimento motor das crianças. Os fabricantes não contabilizam prejuízo, pois as instituições receptoras destas doações não são clientes em potencial da empresa lesada pela falsificação”, salientou. Butelli informou, ainda, que entidades assistenciais também serão contempladas.
A quantidade de bolas destinada a cada escola foi determinada pela Smed a partir do critério da proporcionalidade do número de alunos. “Esperamos que todos beneficiados façam muito bom uso”, finalizou o diretor do Foro.
Foram beneficiadas 51.581 pessoas de 99 escolas municipais da Capital e mais 10 entidades assistenciais.
Em seu discurso, o diretor do Foro explicou que o processo para liberação do material esportivo apreendido demorou dois anos: “Conseguimos sensibilizar o fabricante (da Adidas) de que essas unidades não voltariam ao mercado e que as pessoas que receberiam as bolas não teriam condições comprá-las. Por isso, não seriam clientes em potencial da empresa lesada pela falsificação”, salientou o magistrado ao justificar que o fabricante não teria prejuízos e as crianças, jovens e adultos receberiam uma importante ferramenta de diversão e desenvolvimento motor.
Esta não é a primeira vez que o Juiz toma essa decisão. Ele já havia autorizado a doação de peças de roupas, tênis, guarda-chuvas e brinquedos. Outras 321 bolas falsificadas, apreendidas no camelódromo do centro da Capital, também foram doadas a instituições que abrigam crianças e adolescentes no ano passado, após a descaracterização pelo fabricante.
Entidades beneficiadas
Além de 99 escolas municipais, 10 entidades sociais receberam doação:
- Ação Social Aliança do RS
- Casa Lar Mitra Paróquia Nossa Senhora Aparecida
- Centro Social Padre Leonardi – Mitra
- Lar de São José
- Kinder
- APAE
- NAR Luiz Fatini – Fundação de Proteção Especial do RS
- Grupo Escoteiro Tupi Guarani
- Amovitec – Associação de Moradores da Vila Tecnológica
- Centro de Recuperação Novos Horizontes