A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (10), uma operação contra três grupos investigados por prática de crimes financeiros. De acordo com a investigação, os líderes dessas organizações criminosas atuam a partir da cidade de Caxias do Sul e de Orlando, nos Estados Unidos.
A Justiça Federal expediu 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão em Caxias do Sul. Também houve cumprimento de 3 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão em São Paulo (SP); 4 mandados de busca e apreensão Fortaleza (CE); e 1 mandado de busca e apreensão em Brasília (DF).
Houve determinação de bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas contra os alvos da “Operação Niflheim”. Os ativos podem ser da ordem de R$ 9 bilhões, bem como o arresto de veículos e imóveis.
Os três grupos alvo da Operação Niflheim atuam de forma organizada e mantêm relações entre si. Os alvos atuam no mercado de criptoativos, as chamadas “moedas virtuais”.
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A investigação teve início após um idoso de 77 anos, morador de Canoas, perder R$ 35 mil por causa dos criminosos.
Conforme a PF, a investigação começou em setembro de 2021. Os grupos criminosos utilizam empresas de fachada e outros mecanismos para lavar dinheiro do tráfico de drogas e do contrabando.
Ao receber os valores, os grupos se encarregariam do envio dos recursos para o exterior, por meio de criptoativos. Desde o começo da investigação, os suspeitos movimentaram mais de R$ 55 bilhões. Ainda de acordo com a investigação, os principais destinos dos valores são os Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e China.
Os crimes investigados são, portanto, lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária.
