A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (14), uma operação para combater fraudes à licitação e associação criminosa em Gravataí, na Região Metropolitana. A investigação estima que o IPAG (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Gravataí) pagou direta e indevidamente à empresa investigada o valor de R$ 218.400,00 (duzentos e dezoito mil e quatrocentos reais).
A investigação iniciou a partir do recebimento do Relatório de Auditoria de Regularidade do TCE-RS (Tribunal de Contas do Estado). O documento informava irregularidades no processo de licitação para a precificação da folha de pagamento dos servidores municipais de Gravataí. Este, terminou com a contratação de uma empresa de outro estado da Federação.
A apuração constatou fortes indícios de direcionamento da licitação e favorecimento, por parte de servidores públicos, para a contratação da empresa. A partir disso, a polícia instaurou inquérito policial para investigar possíveis crimes de fraude à licitação e associação criminosa.
Além disso, a investigação constatou o desperdício de “milhares de reais por uma contratação desnecessária”, disse a polícia. Houve duas prorrogações contratuais decorrentes de cálculos errôneos da empresa em foco.
Operação Soldanus
A operação desta quarta-feira ocorre através da 2ª Decor (2ª Delegacia de Combate à Corrupção). Os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além de cinco quebras de sigilos bancários e fiscais. As ações abarcaram os suspeitos e a empresa investigada.
A operação contou com a participação de 50 policiais civis, com apoio da Delegacia de Combate à Corrupção da Polícia Civil de Minas Gerais, os quais cumpriram as ordens judiciais em Gravataí e Alvorada, no RS, e Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Durante a operação, os agentes apreenderam documentos, computadores e celulares dos investigados. Estes passarão por análise para corroborar com as provas já coletadas pela investigação.