A ex-governadora Yeda Cruzius (2007-2010) foi declarada inocente das acusações feitas contra ela no âmbito da Operação Rodin. A investigação, deflagrada em novembro de 2007, é um dos processos mais morosos da Justiça no RS, com mais de 15 anos de trâmite. O processo ocorre em segredo de Justiça.
Conforme a denúncia, teriam ocorrido desvio de verbas em contratos para a realização de exames teóricos e práticos para expedição da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
As irregularidades teriam ocorrido, segundo ainda a denúncia do MPG, em contratos firmados entre o Detran, a Fatec (Fundação de Apoio à Tecnologia e à Ciência) e a Fundae (Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura), as duas últimas vinculadas à UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).
Para os magistrados do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o MPF (Ministério Público Federal) no RS não apresentou provas da participação de Yeda Cruzius nas irregularidades. “É uma enorme vitória. É o fim de uma provação que dura mais de uma década. Mas sempre acreditei na Justiça — e ela enfim chegou”, afirmou a ex-governadora.
Economista, Yeda Rorato Cruzius foi a primeira governadora do Rio Grande do Sul. Exerceu o cargo de deputada federal entre 1995 e 2003 e de 2015 a 2019.Atualmente é presidente Nacional do PSDB-Mulher.