A Seleção Brasileira feminina de futebol conquistou o resultado histórico na tarde desta terça-feira (6). A equipe venceu a Espanha, atual campeã do mundo, por 4 a 2 no estádio Vélodrome, em Marselha, na França, pelas semifinais dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Com o resultado, o Brasil está na final olímpica depois de 16 anos. As adversárias na final serão as estadunidenses, que derrotaram a Alemanha. A final ocorre no sábado (10) às 12h.
Entrega e ousadia tática
Na partida, as brasileiras esbanjaram raça e conseguiram conter o já tradicional estilo espanhol de retenção da posse de bola. Mas não só, o Brasil ousou e marcou as espanholas no campo de ataque. E foi assim que nasceu o primeiro gol.
Logo nos primeiros minutos, com o Brasil com marcação avançada, a goleira Cata Coll apelou para o chutão, mas a bola bateu em Irene Paredes e foi contra a meta espanhola. Brasil na frente.
O gol fez bem para a proposta brasileira. Além da disciplina defensiva o time apresentava muita doação contra um adversário que apostava mais na calma e na manutenção do estilo de jogo. Mas quem mexeu no placar foi o Brasil.
Aos 48, em mais uma bola em que o Brasil pegou a Espanha voltando, Yasmim avançou pela esquerda e cruzou. Gabi Portilho entrou chutando rasteiro de primeira. O jogo foi para intervalo com o resultado bem encaminhado.
Segundo tempo
O jogo manteve a mesma tônica na etapa final. A Espanha só buscava ser mais incisiva, já que precisa correr atrás do marcador. Mas nas poucas vezes que passava a consistente defesa brasileira, parava na goleira Lorena, que atua no Grêmio.
As tentativas espanholas, contudo, não surtiram efeito. Pelo contrário, quem ampliou foi o Brasil. Aos 25, em um novo contra-ataque, Adriana chutou no travessão. Na volta, Gabi Portilho escorou de cabeça e a bola chegou novamente para Adriana, que fez o gol.
A Espanha não tinha mais alternativas que não se entregar ao ataque. Aos 39, em um escanteio seguido de uma cabeçada para o miolo da área, Paralluelo escorou de cabeça, a bola desviou em Duda Sampaio e entrou. 3 a 1.
Mas o gol espanhol não se transformou em reação. O Brasil ampliou aos 45 com Kerolin, que chutou por baixo das pernas de Cata Coll. A Espanha descontaria aos 51 com Paralluelo, mas ficaria nisso.
Restou apenas esperar passar os longos 15 minutos de acréscimos, que, semelhante ao jogo contra a França, nas quartas, viraram 17, sem ninguém entender o porquê.
Escalação
Lorena, Lauren (Kerolin), Tarciane, Thais, Yasmin, Ludmilla (Adriana), Yaya, Angelina (Duda Sampaio), Gabi Portilho, Jheniffer, Priscila (Gabi Nunes)