Segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as dores da coluna (cervical, torácica, lombar e pélvica) são a segunda condição de saúde mais prevalente do Brasil (13,5%), entre as patologias crônicas identificadas por algum médico ou profissional de saúde, superadas apenas pelos casos de hipertensão arterial (14%).
A fisioterapia Cislaine Machado de Souza aponta que, para garantir um estilo de vida mais saudável, é essencial aprender quais são os cuidados para se evitar as dores na coluna. A especialista reforça ainda, que de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), esse tipo de enfermidade acomete ou acometerá 80% da população mundial e, segundo a Previdência Social, é uma das principais causas de afastamento de trabalho.
“Somente no Brasil, mais de 27 milhões de pessoas têm dores crônicas na coluna. É essencial entender que esses problemas crônicos podem ser prevenidos e tratados, com o auxílio de profissionais capacitados. Por isso, é importante que os indivíduos identifiquem as principais causas que contribuem para essas dores. Nesse contexto, posso colocar o sedentarismo e a má postura entre as principais”, avalia.
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Para a fisioterapeuta, a maioria das pessoas não sabe como evitar dor na coluna e chega aos hospitais e clínicas com dores intensas. Cislaine explica, que devido a região ser uma das mais sensíveis do corpo, é fundamental ter atenção aos hábitos do dia a dia rotina.
Por fim, Cislaine dá algumas dicas de cuidados para evitar as dores na coluna. Confira:
- Descanso: Evite atividades que aumentem a dor lembrando que o repouso prolongado pode enfraquecer os músculos, portanto, fundamental realização de atividades adequadas prescritas por um profissional.
- Sedentarismo: Pode provocar a dor na coluna devido ao enfraquecimento da musculatura abdominal, pélvica e das costas e, geralmente, está associada à dor lombar. Diante disso, o paciente deve procurar movimentar o corpo para fortalecer a musculatura. É possível realização de exercícios físicos orientados para trabalhar a musculatura, como natação, RPG (Recuperação Postural Global), pilates, alongamentos ou yoga;
- Postura errada: Ter uma boa postura facilita o equilíbrio entre os músculos e os ossos, quando isto não acontece, podem acontecer alterações estruturais na coluna e também enrijecimento das articulações e encurtamento dos músculos. Dessa forma, é primordial manter a melhor postura possível nas atividades do dia a dia, seja em casa ou no trabalho, sentado, de pé ou levantando objetos pesados. Isso alivia a pressão sobre a coluna vertebral;
- Exercícios: Fortaleça os músculos das costas, abdômen e nádegas através de exercícios regulares. Isso pode ajudar a estabilizar a coluna e reduzir o risco de lesões;
- Alongamento: Pratique alongamentos suaves para ajudar a manter a flexibilidade da coluna e dos músculos circundantes;
- Cuidado ao levantar objetos: Sempre dobre os joelhos ao levantar objetos do chão e evite girar o corpo ao levantar algo pesado. Mantenha o objeto próximo ao corpo para reduzir a tensão na coluna;
- Peso corporal adequado: Manter um peso saudável pode reduzir a carga na coluna e diminuir o risco de problemas nas costas;
- Ergonomia: Certifique-se de que o ambiente de trabalho ou as áreas onde você passa muito tempo estejam configuradas ergonomicamente corretas para evitar tensão desnecessária na coluna;
- Calçados adequados: Use sapatos que ofereçam bom suporte para os pés e a coluna vertebral;
- Evite hábitos prejudiciais: Evite fumar, pois isso pode afetar a circulação e a oxigenação dos tecidos, incluindo os discos da coluna;
- Colchão e travesseiro: Escolha um colchão e travesseiro adequados, que ofereçam suporte à sua coluna e garantam uma posição correta durante o sono;
- Terapias complementares: Alguns pacientes podem se beneficiar de terapias complementares, como acupuntura, fisioterapia ou quiropraxia. Consulte um profissional especializado para avaliar as opções;
- Medicação: Em casos de dores intensas ou inflamação, um médico pode recomendar medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios. No entanto, evite automedicação e siga sempre as orientações médicas.
