CONTRIBUIÇÃO DA CIÊNCIA

Governo do RS busca formalizar parceria com Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS

Na reunião, os pesquisadores do IPH indicaram pontos a melhorar na prevenção de enchentes como a que assolou o RS em maio

O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) tem sido fundamental no andamento dos trabalhos de recuperação do RS durante as enchentes que assolam o Estado. O IPH tem publicado, periodicamente, boletins com previsões de chuvas, da direção dos ventos e da elevação e comportamento geral dos rios.

A partir disso, o Instituto faz recomendações à população que habita áreas de risco. Agora, o IPH deverá participar mais diretamente da reconstrução do Estado, uma vez que a grande maioria das medidas adotadas deverá passar pelo crivo de especialistas em meteorologia e ciências afins.

Ontem (27), o governo do Estado se reuniu com pesquisadores do IPH para conhecer as pesquisas já realizadas pela instituição. A partir dela, disse o governador Eduardo Leite, pretende-se encaminhar uma possível cooperação com o governo do Estado em pesquisas sobre prevenção e respostas a desastres.

“Solicitei que o IPH faça parte do escopo de entidades e instituições que estarão envolvidas em projetos que virão pela frente. Por isso, é importante avançarmos em um acordo de cooperação técnica”, afirmou o governador.

Além disso, a titular da Sema-RS (Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura), Marjorie Kauffmann, disse que a parceria já existe, por meio de contribuições voluntárias do IPH no fornecimento de notas técnicas e estudos. “Estamos melhorando os nossos sistemas de previsão e alerta e precisamos aprimorar os sistemas de segurança hídrica”, disse.

Visão do IPH

Os pesquisadores listaram pontos fundamentais no planejamento estratégico do Estado. Para eles, as prioridades são:

  • Melhorias no monitoramento para modelos mais confiáveis, com respostas em tempos mais curtos;
  • Capacitação dos técnicos e da população, sobretudo nas comunidades locais;
  • A construção de termos de referência para que os municípios possam implementar planos diretores que prevejam desastres relacionados às mudanças climáticas.

“O IPH tem a especificidade de trabalhar com os recursos hídricos. No momento, isso é uma demanda estadual, mas que envolve muitos outros campos. A ideia é poder colaborar com o Estado da melhor forma possível”, garantiu, por fim, o diretor do IPH/UFRGS, Joel Goldenfum.