O Lacen/RS (Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul) está analisando mais de 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose após as enchentes. Dois tipos de testagem estão sendo realizados para identificar os casos: o de biologia molecular (o chamado RT-PCR) e diagnóstico sorológico.
Conforme o órgão, que é vinculado à SES (Secretaria Estadual da Saúde), o incremento do número de casos suspeitos ocorre devido ao grande período de cheias e da exposição à doença pela população.
“A realização de exames está disponível para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição à enchente”, aponta a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm. O Lacen/RS está operando de forma integral e recebe amostras das 7h às 19h.
Com dados atualizados até 23 de maio de 2023, o Rio Grande do Sul tinha 1.072 notificações com 54 casos confirmados de leptospirose. O Estado também tinha quatro casos de mortes e outros quatro óbitos em investigação.
Sintomas da leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados.
O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de também por meio de mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias.
Conforme os médicos, os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.
Ao apresentar sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.
O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença. Mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento.