A Defesa Civil estadual atualizou a situação dos rios da Região Hidrográfica do Guaíba nas últimas 24h. Com a interrupção das chuvas fortes, a situação da maioria dos rios é de estabilidade. Mesmo assim, o órgão define o momento como de “lenta propagação das cheias”.
Na Lagoa dos Patos, a água continua com níveis elevados. Assim, deve-se observar novamente uma elevação conforme ocorra a descida da cheia para a região sul. Confira neste link o boletim do fim da manhã desta quinta-feira publicado pela prefeitura de Rio Grande.
Ainda na Região Sul, ontem (15), a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, voltou a pedir que a população residente nas áreas vermelhas do mapa de risco, disponibilizado pela Prefeitura, deixe suas casas imediatamente e procure um lugar seguro, seja na casa de familiares, amigos ou ainda nos abrigos públicos e particulares do município. Às 21h, após sucessivas altas, o canal São Gonçalo atingiu a marca histórica de 2,89 metros.
A razão para o aumento do nível do canal se deve ao volume excessivo de água na Lagoa dos Patos. Técnicos explicaram que a elevação da Lagoa ocorre em razão do empilhamento das águas que estão vindo de Porto Alegre, sem a necessidade de ventos ou chuvas influenciarem na crescente.
O canal da Barra de Rio Grande não consegue dar vazão ao volume de água. “É como se um ralo estivesse entupido e a torneira aberta”, explicou o meteorologista e professor da UFPel, Henrique Repinaldo.
Guaíba
Por isso, a volta a níveis normais na Lagos dos Patos não deve ocorrer de forma rápida. O rio Jacuí ainda apresenta níveis elevados no delta do rio na confluência com o Guaíba. O nível do Guaíba, por sua vez, mostrou estabilidade, com um lento declínio no dia de ontem, mas com tendência de manter esse descenso constante a partir de hoje.
Assim, o Guaíba deverá se manter em níveis elevados e com prolongamento da cheia durante toda essa semana.
Demais rios
Enquanto isso, os rios Taquari e Caí apresentam diminuição significativa em seus níveis ao longo de seus percursos, já saindo das cotas de inundação nas estações à montante, mas persistindo na cheia na foz das respectivas bacias.
Por outro lado, o rio dos Sinos e o rio Gravataí seguem em tendência de estabilidade para lento declínio, sendo que eles são, de certa forma, “represados” pelos altos níveis do Guaíba.