Cotidiano

PIB encolhe 0,3% no 1º trimestre, e país completa 2 anos em recessão

No último período integral sob o governo Dilma, Produto Interno Bruto tem contração menor que a esperada por economistas; indústria e serviços voltam a recuar, diz IBGE

O PIB (Produto Interno Bruto) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou o primeiro trimestre do ano em queda de 0,3% na série sem ajuste sazonal. No ano passado, o PIB havia fechado em queda de 3,8%, a maior desde o início da série histórica, que começou em 1996.
Os dados relativos aos três primeiros meses da economia brasileira foram divulgados hoje (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A queda do PIB no primeiro trimestre reflete retrações em todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 2,7%, na comparação com o trimestre anterior.
Em seguida vem a indústra com -1,2%, a agropecuária com -0,3 e serviços com queda de 0,2%. Por sua vez, o consumo das famílias fechou com retração de 1,7% e o do governo em 1,1%.
Conforme os dados divulgados na manhã desta quarta-feira (1º) pelo IBGE, a intensidade da queda foi também menor do que a verificada no fim do ano passado, quando a economia havia registrado uma retração de 1,3% (dado foi revisado de uma queda de 1,4% ).

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Pelos critérios da FGV (Fundação Getulio Vargas), o ciclo de contração da atividade econômica, iniciado no segundo trimestre de 2014, ainda no primeiro mandato de Dilma, completou agora dois anos (oito trimestres).
A recessão começou no segundo trimestre de 2014, com queda de 1,2%. No terceiro e quarto trimestre de 2014, o PIB ficou estagnado (0% e 0,2%, respectivamente). Depois, caiu por cinco trimestres seguidos.
Isso significa que o país continua empobrecendo, ainda que menos do que o previsto no trimestre. Os empresários cortaram investimentos, as famílias consumiram menos. São consequência de erros na condução da economia que geraram desemprego, inflação e incertezas.