A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (5), uma operação para reprimir um esquema de uma série de crimes de extorsão decorrentes de dívidas com agiotas. A maioria destes delitos ocorreu em Alvorada, na Região Metropolitana. Mas a ação de hoje cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Porto Alegre e Cachoeirinha.
Além dos mandados, três pessoas foram presas nesta sexta-feira. Chamada “Operação Onzenário”, a ação ocorre por meio da 1ªDR/Deic (1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Investigação
As apurações começaram em de outubro 2023, quando chegou ao conhecimento da Polícia Civil, por intermédio de diversas ocorrências policiais, que ao menos quatro pessoas passaram a ser vítimas de extorsão, em virtude de dívidas contraídas com agiotas, principalmente, na região de Alvorada. Em princípio, um valor global de R$ 72,5 mil era cobrado por diversos criminosos e incompatível com o valor emprestado.
As vítimas passaram a receber contatos de extorsão, via ligações telefônicas e mensagens de texto e de vídeo, por meio de aplicativos de mensagens, além da criação de perfis falsos em redes sociais. Nas mensagens, destaca-se o conhecimento dos criminosos sobre a rotina das vítimas, locais de moradia e veículos que possuíam.
Tudo isso, utilizado pelos extorsionários em tom ameaçador, de morte e agressões diversas. Nesse contexto, houve ainda, a invasão de um salão de beleza em Alvorada, pertencente a uma das vítimas de extorsão, onde objetos foram subtraídos.
Também houve a necessidade de que as vítimas deixassem seus locais de moradia, pois sofriam ameaças de invasão a qualquer momento. Para tanto, contaram com apoio da Polícia Civil para a retirada de objetos pessoais e bens de valor.
Envolvimento de grupo criminoso
Um dos alvos da operação, em data recente, teria sido flagrado na companhia de outros indivíduos, fazendo a escolta armada de um notório líder de organização criminosa, enquanto o mesmo era submetido a procedimentos médicos em um hospital particular da capital gaúcha.
Conforme a investigação, não se descarta a vinculação de organizações criminosas na prática da usura-agiotagem, motivo pelo qual as investigações seguem por parte da 1ªDR/Deic.