TERRORISMO

Ataque a casa de shows na Rússia ainda tem 95 desaparecidos

São consideradas desaparecidas pessoas cujos familiares não conseguiram contato desde o dia 22.

<a href="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Crocus_City_Hall_amphitheater_after_terrorist_attack_(2024).jpg">Mosreg.ru</a>, <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0">CC BY 4.0</a>, via Wikimedia Commons
Mosreg.ru, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons

O balanço de mortes no ataque à sala de concertos em um centro comercial de Moscou superou a marca oficial atual de 140 registros. Ainda há 95 desaparecidos desde a tragédia, que ocorreu na sexta-feira passada (22).

De acordo com o Baza, veículo de mídia russo próximo aos serviços de segurança de Moscou, são pessoas cujos familiares não conseguiram contato desde o dia 22. Se as mortes forem confirmadas, o número de vítimas chegará a 235.

O comitê que investiga o atentado conseguiu identificar, até o momento, apenas 84 das vítimas. Entre as vítimas, estão ao menos três crianças, conforme as autoridades russas.

O atentado terrorista ocorreu pouco antes de uma apresentação da banda de rock “Piknik”. Ao menos quatro pessoas vestidas com uniformes camuflados atiraram contra quem estava no local.

Um vídeo mostra quatro criminosos avançando e atirando contra pessoas. Outra gravação mostra pessoas correndo pelos corredores da casa de show em meio aos corpos das vítimas.

Um incêndio teve início após uma explosão. A polícia evacuou o prédio, mas muitas pessoas ficaram presas. Mais de 100 pessoas se refugiaram em um porão. Elas foram foram resgatadas pela polícia.

O Crocus City Hall é um espaço com shopping, restaurantes e casa de shows em um mesmo espaço. A mídia russa relata que cerca de 6.200 pessoas estavam no local no momento do ataque, considerando o número total de ingressos vendidos. No entanto, o número de presentes era menor.

Primeira-ministra da Itália se diz chocada

Na quarta-feira (27), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se disse chocada pelas dinâmicas do episódio. “Imaginar em uma cidade fortemente protegida, em um estado envolvido em um conflito, quatro agressores entrando e matando dezenas de pessoas e saindo praticamente ilesos, objetivamente choca”.

Ela também disse que o caso não beneficia Kiev: “Como sabemos, o ataque foi reivindicado [pelo Estado Islâmico]. Portanto, você pode culpar quem quiser quando faz propaganda, mas há alguém que declarou ‘fomos nós’. E, além disso, os métodos são aqueles que conhecemos. Não vejo como um ataque desse tipo poderia ajudar a Ucrânia ou o Ocidente”.