Juiz Sérgio Moro libera novos áudios de ligações do ex-presidente Lula

O juiz federal Sérgio Moro, da primeira instância da Justiça Federal em Curitiba, liberou nesta quinta-feira (17) novos áudios interceptados pela Polícia Federal os aparelhos telefônicos usados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as investigações da Operação Aletheia, que investiga o ex-presidente e familiares.

Curta nossa página no Facebooksiga no Twitter e receba nossas atualizações

Em um dos áudios divulgados no processo que envolve Lula na Justiça Federal em Curitiba, o ex-presidente, identificado como LILS, conversa com um de seus funcionários sobre a ida dele ao sítio frequentado por sua família em Atibaia (SP). A gravação foi interceptada no dia 20 de fevereiro, às 20h06.

Íntegra

Segundo relatório da área de inteligência da PF, Lula perguntava a um interlocutor chamado Azevedo. LILS (Luíz Inácio Lula da Silva) x AZEVEDO

  • LILS (Lula) pergunta se a chave do SITIO está com MARCOS.
  • AZEVEDO diz que está.
  • LILS diz para AZEVEDO entrar em contato com eles porque eles vão chegar muito tarde. LILS quer pegar a chave amanhã de manhã porque LILS vai para o SITIO amanhã de manhã bem cedo.
  • AZEVEDO diz que vai tentar falar com a DONA CARLA.
  • LILS diz que mais tarde vai ligar para AZEVEDO pois vai pedir umas “ESFIHAS”.
  • AZEVEDO diz que aguarda a ligação.”, diz relatório das escutas.

Além de Lula, também há outras escutas sobre os filhos do ex-presidente, a assessora particular dele, Clara Ant, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

Posse

Nessa quarta-feira (16), Moro anexou ao processo um grampo telefônico no qual Lula conversa com a presidente Dilma Rousseff. Após a medida, a defesa do ex-presidente e a presidente reagiram contra a divulgação, que consideraram ilegal.
Lula foi empossado na manhã desta quinta-feira como ministro da Casa Civil. No entanto, uma liminar da Justiça Federal do Distrito Federal suspendeu os efeitos da posse. O ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), José Eduardo Cardozo, informou que recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região contra a decisão e declarou que o juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, responsável pela decisão, tem se “engajado” contra o governo Dilma.