Após 1 milhão de bitucas recolhidas, Porto Alegre deve ganhar mais mil bituqueiras

Após recolher mais 8.600 bitucas na manhã desta terça-feira (1º), superando a marca do primeiro milhão de bitucas coletadas desde agosto (1.005.000), o coordenador do projeto Poa Sem Bituca, Flavio Costa Leites, lançou campanha de financiamento coletivo para a instalação de mais 1.000 bituqueiras, em Porto Alegre.
Uma montanha com 1.005.000 bitucas foi exposta na manhã desta terça-feira na Esquina Democrática, chamando a atenção de quem passava pelo local. O projeto tem o apoio do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) e da Smam (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), que liberaram a instalação de coletores nas lixeiras tipo bolinha e não envolve transferência de recursos municipais.

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Conforme Leites, como houve grande aceitação local pelo projeto, o que se pretende agora é tornar Porto Alegre referência internacional na gestão de bitucas. “A Capital sempre foi pioneira em questões ambientais e em participação popular. Ao abrir o financiamento coletivo para mais 1.000 coletores, estamos chamando a população a participar e dizer onde quer ver bituqueiras e também a promover uma mudança de hábitos, com consequente redução dos impactos ambientais, já que as bitucas são usadas na produção de cimento”, destacou. Como forma de dar o exemplo, Leites informou, ainda, que a partir de hoje a Eco Prática irá iniciar a substituição das 39 bituqueiras do Centro e doará mais 200 à cidade.
O diretor-geral do DMLU, André Carús, destacou que nos locais em que foram instaladas as 39 bituqueiras experimentais houve redução de sujeira no chão. “O Poa Sem Bituca é um projeto inédito no país, que o tem nosso total apoio, pois é mais uma ação no sentido de sensibilizar a população para o descarte correto.”, destacou.

Financiamento coletivo

Conforme o coordenador do projeto, é possível doar qualquer valor acima de R$ 10. “Nossa meta é atingir R$ 300.000,00 em 60 dias para instalar mais 1.000 coletores. Caso a gente não atinja essa marca, iremos instalando os novos equipamentos a cada 10 bituqueiras pagas para um ano, cada uma no valor de R$300,00”, disse.
Conforme Flávio Leites, o valor cobre a produção, instalação e manutenção das bituqueiras, bem como o recolhimento, transporte e coprocessamento das pontas de cigarro. Dependendo da doação feita ao projeto, os participantes podem ter o nome gravado na bituqueiras e escolher o local de instalação, além de ganharem porta-bitucas e menções na fanpage do projeto no Facebook.

Confira os locais planejados para a instalação por financiamento coletivo: 

  • Parque Farroupilha (Redenção): 120 bituqueiras;
  • Parque Marinha do Brasil: 80 bituqueiras;
  • Parque Moinhos de Vento (Parcão): 50 bituqueiras;
  • Parque Germânia: 30 bituqueiras;
  • Praça da Matriz: 10 bituqueiras;
  • Praça da Alfândega: 10 bituqueiras;
  • Praça da Encol: 20 bituqueiras;
  • Orla do Guaíba (Gasômetro até a frente do Barra Shopping): 30 bituqueiras;
  • Orla de Ipanema: 20 bituqueiras;
  • Tristeza (eixo comercial da Wenceslau Escobar): 20 bituqueiras;
  • Eixo comercial da Teixeira Mendes: 10 bituqueiras;
  • Cidade Baixa: 240 bituqueiras;
  • Bom Fim: 100 bituqueiras;
  • Zona Norte (Assis Brasil, bairro Lindoia): 150 bituqueiras;
  • Moinhos de Vento (Padre Chagas e entorno): 30 bituqueiras;
  • Av. Azenha: 20 bituqueiras;
  • Centro Histórico: 60 bituqueiras.

Para participar da campanha de financiamento coletivo via Kickante, clique aqui.

Poa Sem Bituca

O Poa sem Bituca é um projeto da empresa Eco Prática inédito no país, pois é o primeiro que tem como parte de sua estratégia a instalação de bituqueiras em toda a cidade, bem como o recolhimento das pontas de cigarro, a partir de parceria com o poder público municipal, sem transferência de recursos públicos.
A gestão do projeto é feita pela Eco Prática, empresa que tem como desafio auxiliar na destinação correta de resíduos sólidos que não têm valor comercial. A equipe do Poa Sem Bituca realiza a instalação e a manutenção das bituqueiras. Também faz o recolhimento das pontas de cigarro e ainda dá a destinação adequada das bitucas, que são levadas para empresa de coprocessamento para aproveitamento na produção de cimento.