A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 9% no trimestre encerrado em novembro, o maior patamar da série iniciada em 2012, enquanto o rendimento médio apresentou ligeira queda, em mais uma evidência da fraqueza do mercado de trabalho diante da recessão econômica que assola o país.
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Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgada nesta sexta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no trimestre até outubro, a taxa havia já havia ficado em 9 por cento. Sobre um ano antes, no entanto, ela tinha sido de 6,5%.
O rendimento médio da população ocupada, ainda segundo a Pnad Contínua, fechou o trimestre até novembro em 1.899 reais mensais, frente aos 1.910 reais vistos no período até outubro.
Nos três meses até novembro, a população ocupada ficou praticamente estável sobre o trimestre anterior, a 92,173 milhões de pessoas, e recuou 0,6 por cento sobre o mesmo período de 2014.
Já a população desocupada – aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho– no período teve alta de 3,7 por cento em relação aos três meses até agosto, para 9,126 milhões de pessoas, um salto de 41,5 por cento sobre o mesmo período do ano anterior.
A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE já havia mostrado a fragilidade do mercado de trabalho brasileiro, com a taxa de desemprego terminando dezembro a 6,9 por cento e a taxa média de 2015 a 6,8 por cento, nível mais alto desde 2009.
A recessão vai se prolongar para 2016 e tende a continuar afetando os trabalhadores, segundo expectativas de especialistas. Segundo pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, o PIB (Produto Interno Bruto) deve encolher 3,3 por cento neste ano, com a inflação medida pelo IPCA chegando a 7,61%.