Cotidiano

Exames não encontram Aedes aegypti em depósito de pneus em Ernestina


Os exames das larvas colhidas no depósito clandestino de pneus em Ernestina, município da região norte do RS, tiveram resultado negativo para Aedes aegypti. Das 300 amostras coletadas, no entanto, quatro deram positivo para a espécie Aedes albopictus, transmissora da febre chikungunya. As larvas foram colhidas em ação realizada durante a força-tarefa nacional do último sábado (13).

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Mesmo que os exames não tenham identificado a presença do mosquito que também transmite a dengue e o vírus Zika, a prefeitura de Ernestina teme que a água acumulada nos mais de 30 mil pneus, nos carros sucateados e no lixo, espalhados a céu aberto, atraiam o inseto para a região. “Eu fiquei apavorado quando cheguei ao depósito. O risco de uma epidemia é muito grande”, afirmou o prefeito de Ernestina, Odir Boehm.
Nesta segunda-feira (15) de manhã, Boehm participou de uma reunião com representantes da Brigada Militar e com o MP (Ministério Público) em Passo Fundo. A prefeitura firmou um contrato com uma empresa de São Paulo, a Reciclanip, que manifestou interesse no material armazenado no depósito. A remoção deve começar em até 72 horas.
Segundo o prefeito, o proprietário do terreno tem licença para operar um ferro-velho, mas não paga impostos desde 2008. Em 2009, o MP ingressou com uma ação civil pública para que ele regularizasse a situação da área. Odir Boehm afirmou que tomou conhecimento do depósito irregular apenas em janeiro deste ano, por meio de uma rádio local: “Aproveitei esse esforço nacional contra o Aedes aegypti para convocar todas as autoridades e encontrar um desfecho o mais rápido possível para esse problema”.