A Prefeitura de Porto Alegre decidiu decretar de emergência nesta segunda-feira (1º) em virtude dos danos causados pelo temporal que atingiu a cidade na sexta-feira (29). Os ventos chegaram aos 119 km/h e causaram a queda de duas mil árvores, conforme levantamento da Prefeitura.
O decreto visa agilizar a reconstrução da cidade, autorizar compra de equipamentos, contratação de pessoal para corte e poda de árvores sem a necessidade de licitação ou, no caso do pessoal, de realizar concurso.
A homologação do decreto permitirá que os moradores de Porto Alegre que tiveram danos usem o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) na recuperação de prejuízos.
É o segundo decreto de emergência da Capital em menos de cinco meses. Em outubro, o prefeito José Fortunati considerou como “catastrófica” a situação da cidade, com múltiplos danos, em especial na região das Ilhas do Guaíba, alagadas devido à cheia do lago e no bairro Humaitá, o mais afetado pelo temporal de vento e granizo que destelhou inúmeras casas no dia 14 de outubro.
O temporal
Um intenso temporal atingiu boa parte do município de Porto Alegre na noite dessa sexta-feira (29) provocando transtornos à população e muitos estragos. Ainda na noite de sexta, a Defesa Civil havia confirmado destelhamentos de construções, quedas de árvores, placas de publicidade e postes em diferentes pontos da capital gaúcha.
Muitos bairros tiveram o fornecimento de energia elétrica suspenso devido à queda de árvores e galhos na fiação elétrica, o que também prejudicou o trânsito em avenidas e ruas. Parte do teto do Shopping Praia de Belas cedeu e ao menos uma pessoa teria ficado ferida, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. O Hospital das Clínicas teve vidros estilhaçados e salas alagadas com a tempestade.
Além de estragos causados pelo vento forte, também houve registro de precipitação de granizo em bairros das Zonas Norte, Leste e Sul, além do Centro e farta precipitação, o que resultou em pontos de alagamentos.