O Carnaval de Caxias do Sul, na Serra gaúcha, terá, pela primeira vez em três anos, o Bloco Arco-Íris. A outra edição do bloco foi em 2020, quando centenas de pessoas ocuparam a Estação Férrea para se divertir com apresentações musicais e performances de drag queens.
A iniciativa é da ONG Construindo Igualdade, uma entidade sem fins lucrativos do município, que iniciou suas atividades em 2003. O Bloco Arco-Íris é uma de suas atividades que visam combater qualquer tipo de discriminação e violação de direitos humanos em função da orientação sexual ou identidade de gênero.
A organização define o Bloco como “a folia mais colorida da cidade”. O desfile está marcado para o dia 13 de fevereiro, uma terça-feira, das 14h às 20h, no Largo da Estação Férrea. A programação artística será divulgada nos próximos dias, mas já se sabe que haverá bandas de samba e pagode, DJs e participações especiais.
Ainda conforme a organização, o público terá à disposição uma estrutura com palco para shows, bares, espaço inclusivo para pessoas com deficiência e banheiros químicos. Também estão previstas equipes de segurança privada e de limpeza.
Ingressos VIP
Para quem quiser curtir a festa em área VIP, os abadás do Bloco Arco-Íris estão sendo vendidos em quatro pontos: Artezanalle Arte LGBTQIA+, Level Cult, Reffugio e Don Uller Brewning. Os kits custam R$ 100 e incluem camiseta, copo reutilizável, leque e bandeira do orgulho LGBTQIA+. Após o bloco, o abadá isenta a entrada nas festas noturnas da Level e do Reffugio no dia 13 de fevereiro.
O Bloco Arco-Íris tem financiamento da Lei Paulo Gustavo. Patrocínio: Artezanalle Arte LGBTQIA+, Level Cult, Reffugio, Água Mineral Bamboo e Don Uller Brewning. Apoio: Fora dos Trilhos Lab, Sublinha! Comunicação, Farofa Cultura e Inovação, La Nieta Armazém Ecológico e Macuco Sonorização.
Trabalho social
Na primeira edição do bloco, a Construindo Igualdade também trabalhou na distribuição de materiais de conscientização e preservativos, além de conversar com o público sobre a importância do acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Dirigida por Cleo Araujo, a ONG tem como missão garantir o direito à cidadania plena e à livre expressão.
A organização possui um histórico de atuação com pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres vítimas de violência doméstica e pessoas convivendo com HIV e AIDS, por meio de ações de assistência social, saúde, advocacia, educação, cultura e acolhimento.