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Como identificar e tratar dores ósseas, musculares e articulares em crianças e adolescentes

Existem diversos fatores emocionais, sociais e de hábitos de vida que podem ocasionar o surgimento destas dores nas crianças.

Foto: Banco de imagens Canva

Nem mesmo as crianças e adolescentes estão livres de sofrerem algum tipo de dor ortopédica.

Possíveis de serem desencadeadas por fatores variados, qualquer tipo de desconforto nesta faixa etária persistente por mais de duas semanas deve ser imediatamente investigado, uma vez que a falta de um tratamento adequado em tempo hábil pode desencadear outros problemas de saúde e, inclusive, exigir procedimentos cirúrgicos.

Segundo Carlos Eduardo Barsotti, cirurgião-ortopedista, existem diversos fatores emocionais, sociais e de hábitos de vida que podem ocasionar o surgimento destas dores, principalmente, considerando os novos costumes das gerações nesta era digital, onde os jovens costumam ser menos ativos funcionalmente e, com isso, mais propensos a desenvolverem algum problema ortopédico.

A depender do diagnóstico, é possível seguir com uma ampla gama de tratamentos para a melhora dos sintomas identificados.

“Por isso, é importante que haja um entendimento certeiro do tipo de dor enfrentado pelo jovem para que, com isso, o médico especialista consiga direcioná-lo para o cuidado mais recomendado”, ressalta.

Com isso em mente, veja as três dores ortopédicas mais comuns nessa faixa etária, de acordo com Barsotti:

 Ósseas: as crianças e adolescentes diagnosticadas com dores ósseas costumam sentir desconfortos mais constantes e que não costumam apresentar melhora com o tempo – necessitando serem investigadas clinicamente.

Alguns dos exemplos mais comuns são a espondilólise e a espondilolistese, lesão por estresse da coluna vertebral adquirida na infância ou adolescência e um quadro patológico caracterizado pelo escorregamento vertebral e que, assim como outros problemas ósseos, precisa ser identificado através de um raio-X ou tomografia, respectivamente.

Musculares: muitas das dores musculares nestes jovens estão associadas a exercícios físicos feitos sem o devido cuidado ou outros traumas musculares, nos quais o paciente sente o local dolorido.

Essas costumam ser algumas das queixas mais comuns em centros pediátricos, e precisam de um olhar cuidadoso dos médicos especialistas para identificar o tratamento a ser seguido, principalmente, caso venham a ocorrer com mais frequência.

Articulares: também muito frequentes em crianças e adolescentes, essas dores podem derivar de traumas, excessos ou variantes de desenvolvimento – antigamente conhecidas como “dores do crescimento”.

Mais comuns de se manifestarem nos joelhos ou ombros, por exemplo, a falta de cuidado em tempo hábil destes desconfortos pode ocasionar em condições mais crônicas ou outros problemas mais graves, o que exige uma investigação veloz a fim de que crianças e adolescentes tenham seu funcionamento físico prejudicado.

“À priori, qualquer sintoma visto nestes jovens deve ser, imediatamente, investigado com o intuito de prosseguir com o melhor tratamento, afastando qualquer possibilidade de avanço para quadros mais preocupantes”, disse.

“Em muitos casos traumáticos, como exemplo, é possível se recuperar evitando atividades e exercícios de alto impacto, necessitando de procedimentos cirúrgicos apenas em diagnósticos mais avanços”, completou.

Ainda, segundo Barsotti, em situações de dores na coluna, a fisioterapia, fortalecimento do core, pilates e RPG costumam ser muito indicados para esses jovens, com alta probabilidade de controlarem uma possível piora para desvios mais acentuados.

“Mas, tudo isso dependerá de uma avaliação imediata pelos médicos especialistas a qualquer sinal de desconforto, para que seja possível descobrir a causa do problema e como tratá-lo adequadamente”, finalizou.