Começa, nesta quarta-feira (29), mais uma fase de testes das câmeras corporais utilizadas junto às fardas de brigadianos policiais civis do Rio Grande do Sul. O objetivo é verificar se a câmera e o software disponibilizados pela empresa vencedora da licitação cumprem os requisitos para o uso.
Se aprovados, serão contratados 1,1 mil equipamentos. Deste, mil serão usados nas fardas de brigadianos de Porto Alegre. O restante irá para a Polícia Civil.
Os testes devem durar até dois dias no Departamento de Informática da Brigada Militar, em que serão simuladas situações em laboratório. A banca avaliadora elabora um relatório no qual serão apontados os resultados. Em seguida, vem a fase em que a empresa apresenta um cronograma de implementação.
O RS teve uma primeira licitação para aquisição de câmeras aberta em dezembro de 2022 pelo governo do Estado. Contudo, ela foi cancelada no último mês de abril. Segundo o governo, as empresas que concorreram na licitação não ofereceram produtos dentro das especificações pedidas.
Tendência nacional
A iniciativa do RS faz parte de uma tendência nacional. Recentemente, o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) anunciou o Projeto Nacional de Câmeras Corporais. O objetivo é qualificar as evidências criminais e proteger os policiais e os cidadãos em interações cotidianas.
O projeto visa, também, a integração, colaboração e cooperação entre os integrantes do SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) e fortalecer os recursos institucionais em processos de roteirização, padronização de procedimentos, transformação digital e utilização de câmeras corporais.
Já contam com a tecnologia os estados de São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Santa Catarina. Estão em fase de licitação ou testes Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí e Paraná.