Os moradores e comerciantes do 4º Distrito, na zona norte de Porto Alegre, viram as ruas virarem parte do rio nesta terça-feira (21). Bueiros e tampas da rede de esgoto viraram vetores para que as águas do Guaíba invadissem a região.
No DC Navegantes, funcionários foram orientados a construírem uma espécie de barricada. Com sacos de rifa cheios de areia, eles encontraram uma forma de desviar a cheia que alagava o pátio do estabelecimento comercial.
Ruas movimentadas como a Voluntários da Pátria se tornaram pequenos rios, algumas até com correnteza. Até os motoristas de ônibus trafegam com cuidado.
No Centro Histórico, a comporta número 3, na avenida Mauá, em frente ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) vem segurando o impulso da água de deixar o Cais Mauá. Na Orla do Guaíba, o caminho para pedestres foi tomado pela água, assim como algumas quadras do trecho 3.
No entanto, a pior situação ainda é a das Ilhas. Mais de 670 pessoas foram removidas das suas casas após o Guaíba passar do nível da enchente de setembro. Na verdade, a cheia deste 20-21 de novembro é a terceira maior de toda a história da urbanidade em Porto Alegre, só perdendo para 1873 (3,5 metros) e 1941 (4,75 metros).