O Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) apresentou nesta segunda-feira (20) seus novos diretores e novas diretrizes de operação. A cerimônia contou com a presença do governador Eduardo Leite, do vice-governador Gabriel Souza, da diretoria empossada, além de executivos, funcionários do banco, jornalistas e convidados.
A nova diretoria é composta por Fernando Lemos, presidente; Adriana Celestino, diretora de Atendimento e Operações de Canais; Carlos Malafaia, diretor da área de Tecnologia, Inovação e Transformação Digital; Elizabete Tavares, diretora administrativa; Fernando Postal, diretor de Desenvolvimento; Gaspar Saikoski, diretor Comercial e de Distribuição de Produtos e Serviços; Irany Sant’Anna Júnior, diretor de Risco; Ivanor Duranti, diretor de Crédito; e Luiz Gonzaga Vera Mota, diretor de Finanças e Relações de Investidores.
O novo presidente, Fernando Lemos, reforçou que, embora o banco seja controlado pelo Governo do Estado, é uma empresa de capital aberto e aberta para o mundo e as novas tendências. “Nós temos absoluta consciência do nosso tamanho, do nosso papel, consciência também do mercado em que atuamos e de todos os desafios do atual momento. E estamos preparados para esse jogo”, afirmou Lemos.
O objetivo é tornar a instituição uma marca sólida e rentável não pelo que foi desde 1928, mas pelo que será nos próximos 100 anos. Ele foi presidente do Banrisul entre 2003 e 2010 e viu profundas transformações desde a sua primeira gestão. “O setor financeiro mudou, as tecnologias mudaram. E, mais do que tudo, o comportamento, as necessidades e as expectativas das pessoas foram transformadas”, apontou o presidente do Banrisul.
“A importância do olho no olho, da conexão com a comunidade e do conhecimento de cada cliente e das necessidades deles continuam. Nós conseguimos congregar estes dois universos: o da tecnologia e o da dimensão humana; o da inovação e do legado. E isso se traduz em entender o cliente e entregar para ele, com eficiência, a solução e o resultado que ele precisa”, destacou Lemos.
Transformação digital e novas relações com os clientes
Entre as novas diretrizes apresentadas pela nova gestão do banco, estão cinco pontos que guiarão a empresa nos próximos anos. Sao eles: sustentabilidade, melhor experiência do cliente, promoção da transformação digital e da cultura de inovação, ganho de eficiência operacional e mudança de cultura organizacional para criar uma atitude digital e de aprendizado.
Esses valores serão os que vão guiar o banco até 2027, quando a instituição financeira completará 99 anos. A nova diretoria quer, definitivamente, acabar com a crítica de que o banco público está “parado no tempo”. Para isso, a empresa tem buscado melhorar seu atendimento, seja pelo aplicativo ou presencialmente, com uso de novas tecnologias, como machine learning (automação), uso de inteligência artificial, entre outras.
Na prática, é realizar uma transformação digital nas atividades que resultem em uma melhor experiência para os clientes daqui para frente. Até porque os dados apresentados pelo Banrisul apontam que 83,2% de todas as transações ocorreram por meio digital. A média de utilização chega 1,6 milhão de acessos por dia, considerando a carteira de 4 milhões de clientes.
A busca é de tornar a empresa sólida e rentável, mais competitiva no sistema bancário nacional e conectada às comunidades onde atua. Na sua fala, o governador Eduardo Leite enfatizou o papel do banco público no Plano Safra – que concede linhas de crédito para fomento do agronegócio e da agricultura familiar – e na oferta de crédito diante das cheias que atingiram o Vale do Taquari, em setembro.
“A instituição tem sido capaz de se reinventar e se reaproximar das nossas comunidades sempre que necessário. Por um lado, é um banco que se coloca ao lado de muitos sonhos. Por outro, oferece conforto em momentos de necessidade. A presença do banco faz diferença para a vida dos gaúchos”, apontou Leite.
Durante o evento, o governador enfatizou que não pretende privatizar o banco. Leite prometeu durante a campanha de 2022 que não iria vender o controle majoritário do banco para agentes da iniciativa privada.