Cheguei ao início
As luzes amarelaram
Como a brasa
Que em mim deixaste
Guardada para fazer-te
Presente na derradeira
Despedida que devia
Somente eu a mim
Já posso enfim
Me desiludir
Me desencantar
Ser só, ser nada
Não ser e ver
Um outro a vagar
Em uma nova fantasia
Entre vultos e
Respirar, ah respirar
Sem precisar das narinas
Pois o ar fresco
Instalou-se
Na sua ausência
Da qual agora
Hei de cuidar
Para que seja
Vazio, pois
Em breve
Será verão
E será preciso
Arejar a alma
Do quarto
Cheguei ao início