INTOLERÂNCIA

Sete são presos e menor é apreendido por apologia ao nazismo no RS

Nas três etapas, investigação encontrou células neonazistas no RS com características extremistas, separatistas e racistas

Imagem: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a terceira fase de uma operação que apura crimes de apologia ao nazismo e associação criminosa no Rio Grande do Sul e outras cidades do País. Os 100 agentes que participaram da ação prenderam sete indivíduos e apreenderam um adolescente. Ao todo, eram nove decretos de prisão preventiva.

No Rio Grande do Sul, a Polícia Civil, através da DPCI (Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância), cumpre mandados em 23 endereços em Porto Alegre, Gravataí , Capão da Canoa, Pantano Grande e Venâncio Aires. Também são alvo Curitiba (PR), São Paulo (SP), Araçoiaba da Serra (SP), Ribeirão Pires (SP) e Fortaleza (CE).

As investigações desta nova fase da “Operação Accelerare” começaram em maio deste ano. Na ocasião, a DPCI recebeu uma denúncia anônima que relatava a existência de diversos grupos neonazistas e extremistas no Rio Grande do Sul. A partir daí, a delegacia desencadeou duas fases da operação, que resultaram em prisões de suspeitos e apreensão de equipamentos eletrônicos para extração de dados.

Agora, a etapa desta terça-feira (14), é fruto da análise destes materiais, principalmente, do que havia nos telefones celulares. Este trabalho permitiu a identificação de diversas células ou grupos neonazistas com características extremistas, separatistas e racistas, bem como de diversos integrantes dos grupos e suas lideranças.

Ademais, no decorrer da operação, a investigação encontrou, entre os materiais, símbolos de apologia ao nazismo, fardamento inspirado na SS (exército nazista), armas brancas, simulacros de arma de fogo e literatura com conteúdo fascista e nazista.

Por fim, além da Delegacia de Combate à Intolerância, o IGP (Instituto-Geral de Perícias) trabalhou na investigação. Com apoio de peritos criminais, as extrações de dados dos dispositivos móveis aconteceram nos próprios locais de cumprimento dos mandados de busca e apreensão.