Repatriados

Grupo de brasileiros deixam Gaza e aguardam voo no Egito

Eles precisaram de autorização das autoridades de Israel, Gaza e Egito para retornarem ao Brasil. Negociação diplomática durou mais de 30 dias.

Crédito: Hasan Rabee / Instagram, reprodução

Um grupo de brasileiros e familiares de nacionalidade palestina conseguiu deixar a Faixa de Gaza neste domingo (12). Eles receberam uma tríplice autorização – das autoridades de Israel, Gaza e Egito – para retornarem ao Brasil depois de mais de 30 dias de negociação diplomática.

Ao todo, são 17 crianças, nove mulheres e seis homens. No grupo estão 22 brasileiros e dez familiares palestinos. A listagem original tinha 34 nomes: duas pessoas, mãe e filha, que decidiram de última hora permanecer em Gaza.

A rota do grupo que cruzou a fronteira Gaza-Egito prevê uma viagem até o Cairo, para embarque em uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira). A viagem vai durar cerca de seis horas e conta com a presença de diplomatas brasileiros. Os brasileiros e parentes palestinos vão pernoitar na capital egípcia.

“O voo da FAB de repatriação para o Brasil deverá decolar da capital egípcia na manhã de segunda-feira, 13/11”, informou o Itamaraty. Será o décimo voo de repatriação desde o início da crise no Oriente Médio.

Na chegada ao Brasil, o Governo Federal já tem uma operação de acolhimento montada. Os repatriados vão ter à disposição serviços de abrigo, documentação e alimentação, além de apoio psicológico, cuidados médicos e imunização. Ficarão dois dias hospedados em Brasília, em uma estrutura da Força Aérea Brasileira.

Durante o período que ficaram retidos sem poder cruzar a fronteira, o grupo foi atendido pelo Itamaraty, por meio da representação brasileira em Ramala (Cisjordânia). Eles receberam recursos para alimentação, como água potável, gás de cozinha e medicamentos. Os brasileiros tiveram acesso a atendimento médico e psicológico de forma on-line.

Como estavam em trânsito, foram abrigados em residências alugadas pelo Governo Federal em Khan Yunis e Rafah, ambas cidades da Faixa de Gaza. Os locais de abrigos foram informados ao governo israelense. Ainda assim, prédios próximos aos abrigos chegaram a ser bombardeados.