Em setembro, a OIT (Organização Internacional do Trabalho), em parceria com a Igualdade-RS (Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul) e o UniSenac – Centro Universitário Senac-RS, iniciou as aulas do projeto Para Além do Arco Íris. O objetivo é reduzir desigualdades e discriminação, contribuindo para a criação de um ambiente mais igualitário em todas as esferas da sociedade, incluindo a ampliação da oportunidade de emprego.
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Na iniciativa, são ministrados cursos profissionalizantes para 30 pessoas LGBTQIA+, escolhidas pela OIT, sendo que 15 delas participarão dos cursos de Comida de Boteco (20h) e Oficina de Hambúrger (20h) e as outras 15, dos cursos de Oficina de doces para festas (20h) e Oficina de salgados para festas (20h).
Cada aluno receberá dois certificados (desde que haja 75% de presença) e terá 40h de formação. Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo telefone (51) 3022-9410.
Reduzir desigualdades
“A comunidade LGBTQIAPN+ enfrenta desafios em termos de saúde mental, estigma e discriminação. Com a sua inserção no mercado de trabalho, esses desafios serão diminuídos. A capacitação ajudará a reduzir o preconceito que está enraizado na sociedade”, destaca o coordenador da Escola de Gastronomia do UniSenac – Centro Universitário Senac-RS, Leonir Martello.
O projeto é visto pela organização como de grande valia para a comunidade, oportunizando outros caminhos que saem do viés cultural e possibilita aprendizagens. “As instituições não estão preparadas para receber este grupo. A parceria com o Unisenac vem de encontro com a mudança de paradigma”, comenta a presidente da ONG Igualdade – Associação de Travestis e Transexuais do RS, Marcelly Malta Lisboa.
O advogado da ONG, Diego Candido, destaca que, atualmente, ainda 90% da população de travestis e transexuais são profissionais do sexo e muitas vezes precisam de oportunidades para acessar outros espaços e mostrarem seus talentos. “Esse projeto traz luz a essas questões tão importantes e pouco debatidas pela sociedade civil e autoridades governamentais”, salienta.
