CAMPANHA

Setembro Amarelo conscientiza sobre prevenção ao suicídio

O tema da campanha este ano é Se precisar, peça ajuda!

Imagem: CVV/Divulgação/Facebook

O mês de setembro marca a campanha internacional de conscientização sobre prevenção ao suicídio, denominada Setembro Amarelo. No Brasil, ela é coordenada pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), em parceria com o CFM (Conselho Federal de Medicina). O dia 10 é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano.

A proposta é chamar a atenção para a importância de discutir e promover ações sobre o suicídio. O tema da campanha este ano é Se precisar, peça ajuda!

Para as pessoas que querem e precisam conversar, o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio por meio do telefone 188, além das opções chat e e-mail.

Dados

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que, todos os anos, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. A entidade alerta ainda para os chamados episódios subnotificados, que podem chegar a mais de 1 milhão de casos anualmente.

No Brasil, a estimativa é de 14 mil casos por ano, uma média de 38 suicídios por dia. De 2010 e 2019, o país registrou cerca de 112,2 mil mortes por suicídio.

Além disso, o suicídio é a segunda causa mais frequente de morte entre jovens de 19 a 25 anos de idade.

Seminário

Apresentação da psiquiatra do HPS, Betina Boeira. Foto: Cristine Rochol/PMPA

Nesta sexta-feira, o tema foi tratado no 2º Seminário de Promoção da Saúde Mental e Prevenção de Suicídio do HPS (Hospital de Pronto Socorro).

A programação tratou de temas como avaliação de risco, abordagem clínica em emergência, epidemiologia das violências e intervenção multiprofissional nas tentativas de suicídio atendidas no HPS.

À tarde, adolescentes da Associação Amigos da Vila Tronco, no bairro Santa Tereza, apresentaram a peça teatral O peso da depressão. O Comitê Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio também integrou o debate.

A psicóloga responsável-técnica do setor de saúde mental do hospital, Maria Alzira Grassi, disse que a Instituição quer “colaborar, cada um dentro de sua abordagem multiprofissional, para qualificar o cuidado de pessoas com quadros de depressão e risco de suicídio”, afirma, ressaltando a necessidade de construção em rede do trabalho.