Novo recorde de público

Com final do Freio de Ouro, Expointer reúne 120 mil visitantes no domingo

As arquibancadas da nova Arena Coberta do Cavalo Crioulo ficaram abarrotadas e teve visitante que ficou em pé para ver a disputa do Freio de Ouro

A final do Freio de Ouro ocorreu na estreia da nova Arena Coberta do Cavalo Crioulo. Foto: Maurício Tonetto/Secom

O primeiro domingo – e segundo dia – de Expointer levou uma multidão ao Parque Assis Brasil em Esteio. Ao todo, 124.089 pessoas circularam pelo local, onde foi possível acompanhar atrações artísticas e a grande final do Freio de Ouro.

Foram cinco dias de emoções e disputas na nova arena do Cavalo Crioulo, com 52 fêmeas e 50 machos entrando em pista, divididas entre os 39 ginetes. A disputa começa antes da abertura oficial da exposição.

Para acompanhar a disputa decisiva, as arquibancadas ficaram abarrotadas e parte do público teve que ficar em pé na nova Arena Coberta do Cavalo Crioulo. Os visitantes puderam ver campeões inéditos entre os cavalos.

O ginete Daniel Teixeira montou a fêmea Belle Porcelana, a mais jovem entre as finalistas. Já o cavaleiro Zeca Macedo se sagrou vencedor com o macho Guanabara Saladero, estreante na competição.

“É muita coisa que a gente passa para chegar aqui e as coisas darem certo. Então, a gente olha para trás e fica um pouco surpreso por ter a oportunidade de viver esses momentos”, afirmou o ginete Teixeira após a vitória.

“Minha sensação é muito difícil de descrever porque eu vivo isso daqui, meu pai me colocou aqui dentro. Eu fiz a campeira durante oito, dez anos, e meu sonho foi fazer isso aqui. As minhas brincadeiras eram os ginetes do Freio de Ouro, os meus ídolos, era o que eu queria ser”, expôs o pentacampeão Macedo.

Os campeões levam para casa o cobiçado troféu Freio de Ouro. Na categoria dos machos, o Freio de Prata ficou com Daniel Teixeira e o cavalo AS Malke Fogo de Chão. O Freio de Bronze terminou com Fabrício Brunelli Barbosa e o cavalo Mis Amores da Taimã. O Freio de Alpaca, por sua vez, foi para Nathan Valadão e Leopardo da Gap São Pedro-TE.

No pódio das fêmeas, o Freio de Prata terminou com o cavaleiro Gabriel Viola Marty e a fêmea uruguaia Jugada de Santa Marcia. O ginete Ricardo Gigena Wrege estreou no pódio montando a Realidade Charrua. E o Freio de Alpaca ficou com a Têmpera do Recanto Crioulo-TE e o ginete Cláudio dos Santos Fagundes, que fizeram uma fase final de bastante regularidade.

Homenagem

Antes da finalíssima, houve tempo e espaço para uma cerimônia emocionante para a comunidade crioula. É que o cavalo Colibri Matrero, tricampeão do Freio de Ouro, percorreu a arena enquanto anunciaram a sua despedida. Uma capa especial com as bandeiras do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai foi confeccionada e entregue ao ícone da raça na sua última montada em uma pista. A volta arrancou aplausos do público.

Na sequência, para manter viva a tradição e resgatar a memória, o primeiro campeão do Freio de Ouro, Oswaldo Dornelles Pons, foi convidado a entregar o Troféu Freio Especial para Norberto Ullmann Filho, o criador do Colibri Matrero.

Peso pesado na área dos bovinos

Touro mais pesado da Expointer 2023 é o Limousin Hudson da Boa Esperança. Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi

O domingo, no entanto, não foi só dos cavalos. Foi divulgado o animal mais pesado da Expointer 2023. O touro Hudson da Boa Esperança, da raça Limousin, atingiu a marca de 1.410 quilos na balança.

Hudson, de quatro anos, é filho de touro francês chamado Duvalier com uma vaca que já foi grande campeã Limousin da Expointer, a 3M Xuza. No ano passado, o animal chegou a pesar em torno de 1,2 mil quilos. O pecuarista Edgar Ferreira Lima, o Cacaio, presidente da Associação Nacional dos Criadores de Limousin, comemorou a conquista da sua propriedade, pelo sétimo ano consecutivo.

“É o coroamento do trabalho que fizemos. Mas também é a oportunidade para divulgarmos as qualidades da raça Limousin, reconhecida pela alta produção de carne”, completou. Neste ano, Hudson também ganhou o grande campeonato da raça na ExpoLondrina, no Paraná. No ano passado, o campeão foi o Guardião da Boa Esperança, com 1.330 quilos.

O chefe do Comissariado-Geral da Expointer, Pablo Charão, explica que a pesagem faz parte do julgamento de admissão e varia de acordo com o regulamento estabelecido para cada raça. Ainda são analisados outros aspectos como exame de arcada dentária, altura, espessura de gordura que apontam a qualidade dos animais.

Após passar por essa avaliação, os animais são liberados para participação nos julgamentos em pista. “Essas informações são repassadas para a planilha de julgamento e disponibilizadas aos jurados e podem ser um diferencial na hora de definir um campeão”, explica.