Coluna

Poesia | Memórias

Imagem da lembrança de uma Porto Alegre remota. Foto: Divulgação/PMPA

Porto Alegre, uma noite qualquer do inverno do ano 2050…

Tudo era gélido
Naquela noite de inverno
A neblina, a brisa, o gelo
E seus cristais
éramos nós, unidos
até os dentes, mãos,
no cabelo, na cara,
sem medo
Drinks, halls preto, hoje mesmo
Teu amor esquenta,
tua saliva refresca
as esquinas escuras,
as árvores úmidas,
te tenho
Você me contava segredos
Meus
Eu te entregava vontades
Tuas
A madrugada acabava em promessa
Cuidado
Até logo