A PF (Polícia Federal) informou que concluiu a investigação que apurou o tráfico internacional de uma criança de Guiné Bissau para o Rio Grande do Sul.
Uma mulher, que é moradora de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, foi alvo de busca e apreensão no final de junho, e o bebê foi apreendido e entregue ao Conselho Tutelar da cidade, até a decisão judicial.
Durante as investigações, a PF descobriu que a mulher viajou sozinha até o país africano em dezembro de 2022 e retornou ao Estado em fevereiro de 2023, com a criança, valendo-se de diversos documentos ideologicamente falsificados, entre eles, o passaporte.
“O registro fraudulento da criança foi realizado ainda em Guiné Bissau, dando a ela outro nome e constando a informação de que a investigada seria sua mãe biológica e que o pai biológico seria um brasileiro”, disse a PF.
Após a realização de exames periciais, a polícia constatou que os brasileiros não eram os pais biológicos da criança. O suposto pai biológico colaborou com as investigações, sendo comprovado também ser vítima do caso.
Os pais biológicos da criança foram devidamente identificados em Guiné Bissau. Segundo a PF, a mulher foi indiciada pelos crimes de tráfico de pessoas, uso de documento falso, falsidade ideológica, injúria e coação no curso do processo.
Os trabalhos contaram com a colaboração de diversos órgãos públicos e auxílio das autoridades policiais de Guiné Bissau.