deflação

IPCA-15 recua -0,07% e tem primeira queda em 10 meses

Queda foi puxada, a nível nacional, por quedas no custo da conta de luz e dos alimentos.

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação mensal, teve variação de -0,07%. É a primeira queda registrada em 10 meses, puxada por quedas no custo da conta de luz e dos alimentos. Em junho, o índice havia registrado variação positiva de +0,04%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%, abaixo dos 3,40% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a taxa foi de 0,13%. Na região metropolitana de Porto Alegre, no entanto, os dados apontam crescimento de +0,34% nos preços (leia mais abaixo).

Há dez meses, em setembro de 2022, a queda foi causada pelos cortes de impostos promovidas pela gestão Bolsonaro na tentativa de alavancar a candidatura do então presidente.

Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a queda da energia elétrica residencial – que teve queda de -3,45%, em média – foi por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de julho. Na região metropolitana de Porto Alegre, a redução apurada foi de -4,47% por causa do Bônus.

A deflação a nível nacional foi maior que a esperada pelo mercado financeiro, que projetava redução de preços entre -0,02 e -0,04%.

IPCA-15 sobe na região metropolitana de Porto Alegre

Na região metropolitana de Porto Alegre, o IPCA-15 foi no caminho inverso da média nacional. O crescimento dos preços foi de +0,34%, puxada por aumento de preços em Transportes (+1,82%).

Houve estabilidade no preço dos alimentos e bebidas. Os itens que ficaram mais baratos são Hortaliças e Verduras (-9,86%); Frutas (-1,72%) e Cereais, legumes e oleaginosas (-1,43%). Os que ficaram mais caros são Tubérculos, raízes e legumes (+7,32%), Sal e condimentos (+1,99%) e Açúcares e derivados (+1,47%).

Transportes foi o que mais contribuiu para alta do IPCA-15 na região metropolitana, com aumento de +1,82%. O segmento de Combustíveis teve alta de +3,48%, seguido de transporte público (+3,33%) Veículo próprio (+0,51%), em julho.

Habitação teve queda de -0,67%, puxada por redução Energia elétrica residencial (-4,47%) e Combustíveis domésticos (-0,51%). O IBGE apontou ainda queda nos preços dos Artigos de Residência (-0,98%), com destaque para a redução nos preços do subtipo TV, som e informática (-1,76%).