O Governo do Estado e a Prefeitura de Porto Alegre vão disponibilizar recursos para manter funcionando o IC (Instituto de Cardiologia), que fica na avenida Princesa Isabel, no bairro Santana. Servidores do hospital, principalmente, profissionais de enfermagem que atuam na unidade hospitalar, entraram em greve ontem (14). O movimento, no entanto, foi suspenso horas depois após um acordo e o atendimento foi retomado a partir do turno das 20h.
Os profissionais de saúde alegam atrasos nos salários, também, do pagamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), férias e outros direitos trabalhistas. O acordo prevê a quitação dos débitos até o dia 5 de agosto após verbas extraordinárias para socorro do hospital.
Ontem, diante do risco de descontinuidade do atendimento, a secretária estadual de Saúde do RS, Arita Bergmann, e o secretário municipal, Fernando Ritter, se reuniram com representantes do Instituto de Cardiologia. No encontro, a direção da instituição apresentou um plano de aplicação dos recursos, que prevê parte do valor para quitar os pagamentos e outra parte – cerca de R$ 2,5 milhões, para a aquisição de insumos, garantindo o funcionamento do hospital.
Ao todo, serão repassados ao IC cerca de R$ 6,8 milhões. Conforme a Secretaria da Saúde, houve uma antecipação do pagamento à instituição de R$ 5,4 milhões em incentivos do programa Assistir. Como parte da rede a apoio ao Instituto, a Prefeitura de Porto Alegre pagou, também de forma antecipada, R$ 1,2 milhão por serviços que serão realizados pela instituição.
“O Instituto de Cardiologia é uma instituição fundamental para Porto Alegre e referência no atendimento à população do Estado, com décadas de atuação e uma importância nacional”, disse a secretária Arita Bergmann. “Isso faz com que o Governo do Estado se mobilize em busca de uma solução para que sejam mantidos os serviços à população”.
“A união de esforços da prefeitura com o Estado busca dirimir a atual crise financeira no Instituto de Cardiologia”, acrescentou Fernando Ritter. “Cada um dos entes federados precisa fazer a sua parte para solucionar a questão, e nós tivemos a iniciativa de disponibilizar complementação dos recursos para o pagamento dos salários e compra de insumos”, afirmou.