A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza termina oficialmente nesta quarta-feira (31). Contudo, segundo o governo do Rio Grande do Sul, os municípios gaúchos seguirão aplicando o imunizante, que agora está disponível para todas as pessoas acima dos seis meses de idade, enquanto houver doses.
Conforme o governo do Rio Grande do Sul, até o momento, cerca de 2,4 milhões de pessoas já se vacinaram no Estado. Os grupos prioritários com maior risco em caso de contágio com o vírus apresentam cobertura de 44,6%.
Esse número considera o público formado por crianças (maiores de seis meses e menores de seis anos), gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde e professores.
A vacina trivalente contra o vírus da influenza continua sendo a melhor alternativa para evitar formas graves de infecção. Popularmente conhecida como vacina da gripe, o imunizante contém anticorpos que estimulam a proteção contra três cepas principais: A-H1N1, A-H3N2 e B.
Alerta
Como em 2023 a cepa predominante é a H1N1, a mesma que originou a epidemia de gripe em 2009, o baixo índice de pessoas vacinadas é preocupante, pois aumenta as chances de haver números elevados de infecção e agravamento da doença.
“Historicamente, a cepa H1N1 causa mais prejuízos à saúde em comparação com os outros subtipos de influenza. A vacina é disponibilizada antes do inverno justamente para garantir que as pessoas estejam imunizadas quando entrarem em contato com o vírus”, explica a enfermeira do Núcleo de Doenças Respiratórias do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Letícia Martins.
Hospitalizações e óbitos
De acordo com os dados divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul, até o momento, foram registrados no Estado 526 casos de pessoas que precisaram se hospitalizar por causa de síndrome respiratória aguda grave causada pela influenza.
Desses casos, 38% são de idosos (199) e 20% de crianças menores de quatro anos (110). Foram confirmados 39 óbitos, dos quais 23 (59%) eram idosos.