O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve embarcar nesta quarta-feira (17) com destino ao Japão para participar da cúpula do G7, onde fará uma defesa da paz na Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Os participantes devem emitir uma declaração conjunta ao final do encontro de líderes.
“Como é uma declaração sobre segurança alimentar e há efeitos da Ucrânia no acesso a alimentos, uma referência ao conflito deverá ser feita no documento. Naturalmente, o governo brasileiro está negociando a linguagem”, afirmou Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty.
Segundo o diplomata, o objetivo é fazer com que o documento “seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema, inclusive defendendo a negociação de resoluções em diversas instâncias internacionais, como a própria ONU”.
Lula prega o cessar-fogo e a criação de um “clube” de países para negociar a paz entre Ucrânia e Rússia.
Ele recebeu críticas da União Europeia e dos Estados Unidos por ter afirmado que Kiev e Moscou têm igual responsabilidade pelo conflito.
Em suas recentes viagens para Reino Unido, Espanha e Portugal, Lula moderou o discurso e condenou a invasão russa, defendendo a integridade territorial ucraniana.