O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação do País, de abril, foi de 0,61%. O resultado ficou 0,10 ponto percentual abaixo da taxa de 0,71% registrada em março. O índice foi divulgado nesta sexta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano, o IPCA acumula alta de 2,72% e, nos últimos 12 meses, de 4,18%. O resultado está abaixo dos 4,65% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022, a variação havia sido de 1,06%.
Saúde e alimentação
Porém, mesmo com a queda, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em abril O maior impacto (0,19 p.p.) e a maior variação (1,49%) foi em Saúde e cuidados pessoais, com destaque para os produtos farmacêuticos (3,55%), que inflacionaram após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março.
Além dos medicamentos, a pesquisa do IBGE apontou impacto de reajuste dos planos de saúde, de 1,20%. Segundo o Instituto, este item “incorporou as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023”, analisa.
O grupo Alimentação e bebidas também teve aceleração (de 0,05% para 0,71%). Conforme o IBGE, alimentação no domicílio, que passou de -0,14% em março para 0,73% em abril. Houve alta nos preços do tomate (10,64%), do leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%). No lado das quedas, os destaques foram a cebola (-7,01%) e o óleo de soja (-4,44%).
A alimentação fora do domicílio variou 0,66%, acima do registrado no mês anterior (0,60%). Enquanto o lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%, a refeição (0,51%) ficou com resultado acima do registrado em março (0,41%).
Transportes
Já nos Transportes houve desaceleração (2,11% em março para 0,56% em abril). A queda foi influenciada pela queda dos combustíveis (-0,44%), que haviam subido 7,01% em março.
Óleo diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) recuaram em abril, enquanto o etanol subiu 0,92%. Já as passagens aéreas subiram 11,97% em abril, após caírem 5,32% em março.