A Polícia Civil, com apoio do Ministério da Justiça e da 9ª Delegacia Regional de Polícia do município de Lapa, no Paraná, deflagraram uma operação contra um empresário de 30 anos acusado de praticar extorsão de vítimas por meio do pagamento em criptomoedas. Foram apreendidos aparelhos eletrônicos, uma arma com numeração raspada, drogas e anabolizantes, uma moto, entre outros itens.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em quatro endereços distintos na cidade de Lapa, a 70 km de Curitiba, onde residia o investigado. Ele teve a prisão preventiva decretada. Aparelhos eletrônicos, uma arma com numeração raspada, drogas e anabolizantes, uma moto, entre outros itens foram apreendidos. Os computadores serão trazidos para o Rio Grande do Sul para perícia no IGP (Instituto-Geral de Perícias).
Segundo investigação, que foi coordenada pelo delegado Thiago Albeche, da Delegacia de Crimes Informáticos e Defraudações do Deic, o acusado enviava e-mails para as possíveis vítimas. O homem, que possui uma empresa de soluções em informática, dizia que tinha invadido o computador do usuário e que tinha informações privilegiadas, como senhas e fotos íntimas. A operação foi denominada “Sextortion”.
O indivíduo exigia valores entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil para que o material não fosse vazado na internet. Mais de 2 mil pessoas foram alvos do criminoso, sendo que 190 em solo gaúcho. Além do Estado, há vítimas em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal. O montante de criptoativos movimentado por ele é estimado em mais de R$ 1 milhão.
A partir da análise das informações dos boletins de ocorrência registrados pelas vítimas, a polícia conseguiu dados das carteiras de criptoativos, que são como contas-corrente da moeda virtual. A partir daí, identificou quem estava fazendo as extorsões.
Na ação desta quinta-feira, além dos mandados de busca e apreensão e de prisão, também foi realizado o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias e de carteiras de bitcoins junto às empresas administradoras de criptoativos.
A Polícia Civil busca, agora, identificar pessoas que possam ter atuados como “laranjas”, convertendo os valores em criptomoedas para dinheiro físico.