Equipes volantes da Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) atuam na vigilância ativa contra a gripe aviária no Rio Grande do Sul.
Desde que casos de influenza aviária foram registrados na América do Sul, 32 equipes volantes de fiscais da Seapi vêm trabalhando na vigilância ativa para a doença, em regime de escala semanal.
As equipes, que vão se revezando, atuam em oito regiões do Estado: nas áreas de fronteira com Argentina e Uruguai, sítios de aves migratórias e grandes lagoas.
O trabalho consiste em vigilância observacional em locais com coleções de águas, como lagos, lagoas, barragens, lavouras de arroz e açudes, que servem como ponto de parada de aves de vida livre.
Os fiscais têm utilizado drones e binóculos para fazer essas observações. “O objetivo é a detecção precoce de qualquer suspeita, em caso de eventual ingresso da influenza aviária”, explica a fiscal estadual agropecuária Ananda Paula Kowalski, do Programa Estadual de Sanidade Avícola.
Os fiscais também estão conversando com produtores, moradores, comerciantes e lideranças locais sobre o risco de ingresso da doença no Rio Grande do Sul, os principais sinais clínicos a serem observados e os canais para notificação em caso de suspeita. No caso específico da Lagoa do Peixe, houve prioridade para o diálogo com os pescadores que atuam no local.
Dados
Segundo a Seapi, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul já acumula 1.545 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023, com estimativa de 1,03 milhão de aves observadas.
Também foram realizadas 921 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 386 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, foram registrados três casos suspeitos, todos já descartados.
A vigilância passiva recebeu 59 notificações de casos suspeitos, com colheita de amostras em 12 dessas ocorrências. Todos os laudos foram negativos para gripe aviária, afirmou a Seapi.