Uma menina de seis anos de idade foi resgatada com vida nesta segunda-feira (13), uma semana depois do terremoto devastador que matou mais de 35 mil pessoas na Turquia e na Síria.
Miray passou 178 horas nos escombros de um prédio em Adiyaman, uma das cidades mais atingidas pelo abalo sísmico de magnitude 7.8 na escala Richter, mas foi encontrada viva por socorristas, segundo a TV estatal TRT.
Já em Antioquia, uma idosa de 70 anos, Nuray Gurbuz, também foi salva após ficar 178 horas presa nos destroços de um edifício. Geralmente, utiliza-se o prazo de 72 horas dentro do qual é mais provável encontrar sobreviventes de desmoronamentos.
A própria ONU (Organização das Nações Unidas) admitiu nesta segunda-feira que a busca por sobreviventes está chegando ao fim e que o foco deve passar para o auxílio aos feridos e desabrigados.
Número de mortes se aproxima de 40 mil
O número de mortos no terremoto devastador que atingiu a Turquia e a Síria na última segunda-feira (6) subiu para 39 mil, enquanto bombeiros buscam por possíveis sobreviventes quase uma semana após a tragédia.
De acordo com dados oficiais divulgados neste domingo (12), a Turquia já contabiliza 29.605 vítimas, e a Síria, 9.300, considerando tanto as áreas sob controle do regime de Bashar al-Assad quanto as zonas rebeldes. Com isso, o número total de mortos chegou a 38.905.
Prisões de construtores e empreiteiros
Mais cedo, as autoridades turcas prenderam mais de 100 construtores nas 10 províncias afetadas pelo terremoto de magnitude 7.8 na escala Ricther. Todos são ligados a alguns dos prédios desabados e suspeitos de terem violado as normas de construção do país.
Entre os detidos está Mehmet Yasar Coskun, responsável pela construção de um condomínio de luxo de 12 andares com 250 apartamentos na província de Hatay, que foi arrasada pelo terremoto. O homem foi preso no aeroporto de Istambul enquanto tentava deixar o país rumo a Montenegro, informou a Anadolu.
O Ministério da Justiça autorizou cerca de 150 promotores locais a criar “unidades de investigação sobre crimes relacionados ao terremoto”. Com isso, eles poderão iniciar processos criminais contra todos os “construtores e perpetradores” do desabamento de edifícios que não cumprem os códigos existentes, introduzidos após um desastre semelhante em 1999.