Inter para no gramado e não sai do empate com o Novo Hamburgo

Cheio de buracos e falhas, ele foi o personagem da noite. O estado do gramado do Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, beirava o impraticável neste domingo (5). Acabou por deixar a bola viva para o confronto entre Novo Hamburgo e Inter, pela 5ª rodada do Gauchão. Resultado: empate sem gols em uma partida onde as equipes passaram mais tempo tentando manter a bola sob controle do que propriamente construindo jogadas.

Para não dizer que não houve atrativos, Alan Patrick, um dos raros alentos da partida, já nos acréscimos do segundo tempo, enfileirou os defensores do Noia, invadiu a área e só não fez um golaço porque seu chute parou no goleiro e tocou a trave antes de sair. No mais, foi o colorado que mais chegou durante a partida. Porém, faltou tranquilidade para tomar as melhores decisões na hora da finalização.

Afora a questão campo, o jogo teve uma novidade tática no Inter. Mano entrou com um 4-3-3, com Mário Fernandes na lateral-direita e Baralhas na abertura do meio-campo. Cabia aos dois dar a cobertura aos ponteiros Wanderson e Pedro Henrique, que buscavam acionar Alemão, de volta a equipe.

Os primeiros minutos foram de ambientação. O Inter procurava se encontrar no acidentado gramado do Estádio do Vale. Com o tempo, a equipe da Capital foi encontrando espaços, e até poderia ter saído na frente ainda na etapa inicial, em mais de uma oportunidade. 

No segundo tempo, foi a vez do Novo Hamburgo tentar se impor e trazer dificuldades ao Inter. O Noia, no entanto, que até o momento só fez um gol no campeonato, não foi efetivo nos momentos que esteve bem na partida. 

Quem chegou, após as substituições, foi o Inter. Tanto no lance de Alan Patrick, quando em outro onde foi marcado impedimento erroneamente em um lance onde Renê entrava sozinho na área adversária. Mas nada além disso.

Coletiva

Na coletiva, Mano se furtou a reclamar da arbitragem. Pontuou o lance envolvendo Renê, mas relevou lembrando que não há VAR no Gauchão, logo volta-se a ter espaço para o erro.

Já sobre o campo, Mano foi mais enfático. Disse ser quase impossível jogar em uma situação como essa. E, ainda, afirmou que quem dirige o futebol gaúcho deveria ter feito vistoria e chamado atenção dos clubes. “É muito feio para nós (Gaúchos)”, concluiu.

A respeito do rendimento do time, Mano Menezes considerou que, por ser mais técnica, sofre mais com o estado do gramado. Mesmo assim, o treinador colorado ponderou que a equipe brigou por todas as bolas e, se tivesse mais triangulações e simplificado um pouco menos, poderia ter vencido.